01.
(Enem 2013) Gripado, penso entre espirros em como a
palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da
Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus
propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo
era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência
ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.
RODRIGUES, S. “Sobre
palavras”. Veja, São
Paulo, 30 nov. 2011.
Para se entender o trecho como uma unidade de
sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse
texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por
outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do
sujeito é:
a) “[…] a
palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da
Itália em 1743 a epidemia de gripe […]”.
c) “O primeiro
era um termo derivado do latim medieval influentia, que
significava ‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo
era apenas a forma nominal do verbo gripper […]”.
e) “Supõe-se
que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.”
02. (Fgv
2017)
Examine esta propaganda da década de 1930:
Assim como a imagem, também o texto da propaganda
contém marcas da época em que ela foi criada. Além da ortografia, em que essas
marcas são mais numerosas e visíveis, é possível identificar, no vocabulário,
algumas palavras pouco comuns em textos publicitários atuais. Também na sintaxe
é possível identificar pelo menos uma frase estruturada em ordem indireta
(sujeito posposto ao verbo), tendência rara hoje em dia. Reescreva-a em ordem
direta.
03. (Fgv
2016)
Havia já quatro anos que Eugênio se
achava no seminário sem visitar sua família. Seu pai já por vezes tinha escrito
aos padres pedindo-lhes que permitissem que o menino viesse passar as férias em
casa. Estes porém, já de posse dos segredos da consciência de Eugênio, receando
que as seduções do mundo o arredassem do santo propósito em que ia tão bem
encaminhado, opuseram-se formalmente, e responderam-lhe, fazendo ver que aquela
interrupção na idade em que se achava o menino era extremamente perigosa, e
podia ter péssimas consequências, desviando-o para sempre de sua natural
vocação.
Uma ausência, porém de quatro anos já
era excessiva para um coração de mãe, e a de Eugênio, principalmente depois que
seu filho andava mofino e adoentado, não pôde mais por modo nenhum conformar-se
com a vontade dos padres. Estes portanto, muito de seu mau grado, não tiveram
remédio senão deixá-lo partir.
(Bernardo Guimarães. O Seminarista,
1995)
Analise a frase inicial do texto:
“Havia já quatro anos que Eugênio se achava no seminário sem visitar sua
família.”
a) Por que os padres não permitiam que Eugênio visitasse a família? De que
argumentos se valeu a mãe dele para conseguir que o liberassem?
b) Reescreva a frase, conforme as orientações: inicie-a com “Eugênio”;
introduza entre o sujeito e o verbo a oração indicativa de tempo, substituindo
o verbo “haver” por “fazer”. Realize os ajustes necessários.
04. (Fgv 2015)
“Vais encontrar o mundo,
1disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.” Bastante
experimentei depois a verdade deste aviso, 2que me despia, num
gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o
regime do amor doméstico; diferente do que se encontra fora, tão diferente, 3que
parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem
única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento,
têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso.
Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a
mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido
outrora, e 4não viesse de longe a enfiada das decepções que nos
ultrajam.
Eufemismo, os felizes
tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos
dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em
todas as datas.
Raul Pompeia, O Ateneu.
Na frase “disse-me meu pai” (ref. 1), ocorre ordem indireta, uma vez que
seu sujeito está posposto ao verbo. No texto, há outros exemplos desse tipo de
inversão.
Considere os seguintes trechos:
I. “que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada
exoticamente na estufa de carinho”; (ref. 2)
II. “que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental”;
(ref. 3)
III. “e não viesse de longe a enfiada das decepções”. (ref. 4)
Configura também frase com sujeito posposto a que está citada em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.
05. (Fgv 2009)
Observe a charge.
I. Em discurso direto, quanto à concordância, a primeira fala da charge
estaria corretamente redigida da seguinte forma: Depois dizem: "Os brasileiros não têm incentivo ao esporte."
II. Na primeira fala, a expressão ao esporte poderia ser substituída por
à práticas esportivas.
III. Na segunda fala, a forma verbal está no plural concordando com o sujeito "200 toneladas".
Está CORRETO o que se afirma em:
a) I apenas.
b) III apenas.
c) I e II apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.
06.
(Uerj 2005)
A CIDADE SITIADA (1949)
O subúrbio de S. Geraldo, no ano de 192..., já misturava ao cheiro de
estrebaria algum progresso. Quanto mais fábricas se abriam nos arredores, mais
o subúrbio se erguia em vida própria sem que os habitantes pudessem dizer que
transformação os atingia. Os movimentos já se haviam congestionado e não se
poderia atravessar uma rua sem desviar-se de uma carroça que os cavalos
vagarosos puxavam, enquanto um automóvel impaciente buzinava atrás lançando
fumaça. Mesmo os crepúsculos eram agora enfumaçados e sanguinolentos. De manhã,
entre os caminhões que pediam passagem para a nova usina, transportando madeira
e ferro, as cestas de peixe se espalhavam pela calçada, vindas através da noite
de centros maiores. Dos sobrados desciam mulheres despenteadas com panelas, os
peixes eram pesados quase na mão, enquanto vendedores em manga de camisa
gritavam os preços. E quando sobre o alegre movimento da manhã soprava o vento
fresco e perturbador, dir-se-ia que a população inteira se preparava para um
embarque.
Ao pôr-do-sol galos invisíveis ainda cocoricavam. E misturando-se ainda
à poeira metálica das fábricas o cheiro das vacas nutria o entardecer. Mas de
noite, com as ruas subitamente desertas, já se respirava o silêncio com
desassossego, como numa cidade; e nos andares piscando de luz todos pareciam
estar sentados. As noites cheiravam a estrume e eram frescas. Às vezes chovia.
(LISPECTOR, Clarice. A Cidade sitiada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.)
No texto, o crescimento de um subúrbio é representado como uma força que
se impõe aos habitantes. Transcreva duas orações que, apresentando como núcleo
do sujeito um substantivo referente a um ser humano, confirmam essa
perspectiva.
07.
(Pucrj 2016)
Retificação
As palmeiras derrubaram
para no lugar construírem uma autoestrada
O sabiá ganhou um festival nos idos de 68
mas está sendo rapidamente exterminado
ou anda preso em alguma gaiola
O exílio de minha terra deixou de ser uma canção
PORTUGAL, Claudius Hermann et
al. Folha de rosto. Rio de Janeiro: 1989, p. 9.
Uma oração empregada na ordem direta apresenta a seguinte estrutura:
sujeito – verbo – complementos – adjuntos. Observe os dois primeiros versos e
verifique que a organização de uma das orações causa intencionalmente certo
estranhamento ao leitor. Explique em que consiste esse estranhamento.
08. (Pucrj 2015)
A amizade, nos séculos XVIII e XIX, é aceita,
valorizada, mas não está em evidência. O amor, o casal e a família ocupam o
primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a eles, desempenhando
muitas vezes papéis secundários. A amizade é alegria suplementar, marca de uma
eleição, não é uma instituição. Ela estabelece redes de influência, inventa
lugares de convivência e laços de resistência enquanto se multiplicam para a
maioria as oportunidades de encontros e de interações.
Todos a dizem essencial: na verdade, é “acessória”.
Seu exercício voluntário torna-lhe a existência mais frágil, mais submetida ao
acaso. Os valores da amizade parecem tanto mais invocados quanto mais outras obrigações,
outras injunções tendem a limitar de fato a possibilidade do seu exercício. A
amizade no entanto se exerce, ela ocupa, é atuante. Esse exercício da amizade
forma e transforma: praticando-o, elaboram-se tanto o si mesmo quanto o
entre-si. Indo ao encontro dos outros, é ao encontro de si mesma que a pessoa
se lança. Nela se conjugam a alegria comum e o ethos, que eu gostaria de
traduzir ao mesmo tempo como uso e como fragmento de ética.
VINCENT-BUFFAULT, Anne. Da amizade: uma história do
exercício da amizade nos séculos XVIII e XIX. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1996.
a) O texto revela o caráter secundário da
amizade nos séculos XVIII e XIX, o que fica explícito em “O amor, o casal e a
família ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a eles,
desempenhando muitas vezes papéis secundários.” Transcreva do 2º parágrafo do
texto o adjetivo que reitera essa ideia.
b) Tendo em vista a regra básica de
concordância verbal, identifique o sujeito de “se multiplicam”, no último
período do 1º parágrafo do texto.
c) No texto, há o predomínio de um
determinado tempo verbal. Identifique-o e explique o seu emprego.
09. (Pucrj 2013)
Espalham-se, por fim, as sombras da noite.
O sertanejo que de nada cuidou, que não ouviu as
harmonias da tarde, nem reparou nos esplendores do céu, que não viu a tristeza
a pairar sobre a terra, que de nada se arreceia, consubstanciado como está com
a solidão, para, relanceia os olhos ao derredor de si e, se no lagar pressente
alguma aguada, por má que seja, apeia-se, desencilha o cavalo e reunindo logo
uns gravetos bem secos, tira fogo do isqueiro, mais por distração do que por
necessidade.
Sente-se deveras feliz. Nada lhe perturba a paz do
espírito ou o bem-estar do corpo. Nem sequer monologa, como qualquer homem
acostumado a conversar.
Raros são os seus pensamentos: ou rememora as
léguas que andou, ou computa as que tem que vencer para chegar ao término da
viagem.
No dia seguinte, quando aos clarões da aurora
acorda toda aquela esplêndida natureza, recomeça ele a caminhar, como na
véspera, como sempre.
Nada lhe parece mudado no firmamento: as nuvens de
si para si são as mesmas. 1Dá-lhe o Sol, quando muito, os pontos
cardeais, e a terra só lhe prende a atenção, quando algum sinal mais particular
pode servir-lhe de marco miliário na estrada que vai trilhando.
TAUNAY, Visconde de. Inocência.
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/
Com relação à passagem “Dá-lhe o Sol, quando muito, os pontos
cardeais, e a terra só lhe prende a atenção” (Ref. 1), explique por que o
verbo dar encontra-se flexionado na 3ª pessoa do singular.
10. (Pucrj 2010)
CAPÍTULO LXIII / TABULETA NOVA
Era um simples fabricante e vendedor de doces,
estimado, afreguesado, respeitado, e principalmente respeitador da ordem
pública...
- Mas o que é que há? perguntou Aires.
- A república está proclamada.
- Já há governo?
- Penso que já; mas diga-me V. Ex.a:
ouviu alguém acusar-me jamais de atacar o governo?
Ninguém. Entretanto... Uma fatalidade! Venha em meu socorro.
Excelentíssimo. Ajude-me a sair deste embaraço. A tabuleta está pronta, o nome
todo pintado. – “Confeitaria do Império”, a tinta é viva e bonita. O
pintor teima em que lhe pague o trabalho, para então fazer outro. Eu, se a obra
não estivesse acabada, mudava de título, por mais que me custasse, mas hei de
perder o dinheiro que gastei? V. Ex.a crê que, se ficar “Império”,
venham quebrar-me as vidraças?
- Isso não sei.
- Realmente, não há motivo; é o nome da casa, nome
de trinta anos, ninguém a conhece de outro modo.
- Mas pode pôr “Confeitaria da República”...
1-
Lembrou-me isso, em caminho, mas também me lembrou que, se daqui a um ou dous
meses, houver nova reviravolta, fico no ponto em que estou hoje, e perco outra
vez o dinheiro.
[ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. In: Obra
Completa. vol. 3. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1975.]
Qual o sujeito da frase “Lembrou-me isso, em
caminho”, na ref. 1 do texto?
11. (Uerj 2013)
As descontroladas
As primeiras mulheres que passaram na
calçada da Rio Branco chamavam-se melindrosas.
Elas já atenderam por vários nomes. Uma
“uva” era aquela que, de tão suculenta e bem-feita de curvas, devia abrir as
folhas de sua parreira e deliciar os machos com a eternidade de sua sombra. 1Há
cem anos as mulheres que circulam pela Rio Branco já foram chamadas de tudo e,
diga-se a bem da verdade, algumas atenderam. Por aqui 3passou o
“broto”, o “avião”, o “violão”, a “certinha”, o “pedaço”, a “deusa”, a “boazuda”,
o “pitéu”, a “gata” e tantas outras que podem não estar mais no mapa.
Agora está entrando em cena, perfilada
num funk do grupo As Panteras — um rótulo que, a propósito, notou a evolução
das “gatas” —, a mulher do tipo “descontrolada”. (...). Não é exatamente o que
o almofadinha lá do início diria no encaminhamento do eterno processo sedutivo,
mas, afinal, homem nenhum também carrega mais almofadas para se sentar no
bonde. Sequer bondes 2há. Já fomos “pães”. Muito doce, não pegou.
Somos todos lamentáveis “tigrões” em nossa triste sina de matar um leão por
dia.
Elas mereciam verbetes melhores, que se
lhes ajustassem perfeitos, redondos, como a tal calça da Gang. A língua das
ruas anda avacalhando com as nossas “minas”, para usar a última expressão em
que as mulheres foram saudadas com delicadeza e exatidão — dentro da mina,
afinal, 4cabe tanto a pepita de ouro como a cavidade que se enche de
pólvora para explodir e destruir tudo o que estiver em cima.
JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS. O que
as mulheres procuram na bolsa: crônicas. Rio de Janeiro: Record,
2004.
Observe os verbos sublinhados nas passagens abaixo, todos no singular:
Há cem anos as mulheres que circulam pela
Rio Branco já foram chamadas de tudo (ref. 1)
Sequer bondes há. (ref. 2)
Por aqui passou o “broto”, o “avião”,
(...) e tantas outras que podem não estar mais no mapa, (ref. 3)
dentro da mina, afinal, cabe
tanto a pepita de ouro como a cavidade que se enche de pólvora (ref. 4)
Explique, com base nas regras de concordância da norma padrão, por que,
nesses exemplos, o verbo haver fica
sempre no singular, e por que passar
e caber poderiam estar no plural: passaram
e cabem.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas.
Rio de Janeiro: Record, 1986. p.95-97.
No que diz respeito à forma verbal “roubaram”, no
segundo balão da charge, podemos dizer que
a) possui um sujeito indeterminado, por
isso, o verbo está na terceira pessoa do plural.
b) faz parte de uma oração sem sujeito,
uma vez que o verbo é impessoal.
c) tem como núcleo de seu sujeito simples
a palavra “giz”.
d) possui sujeito simples que, no caso, é
o termo “professora”.
e) seu sujeito é a palavra “ética”, em
negrito no balão anterior.
14. (G1
- ifpe 2017)
SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho
escravo é ainda uma realidade no Brasil. Disponível em:
<http://www.cartaeducacao.com.br/.
a) tem como núcleo do sujeito
o termo “empreitada”.
b) o verbo grifado tem sujeito
indeterminado, por não ser possível encontrá-lo na oração.
c) o sujeito está posposto ao
verbo, sendo ele “órgãos governamentais”.
d) possui sujeito simples o
qual, no caso, é “sociedade civil”.
e) o sujeito é oculto, mencionado na
oração anterior e, portanto, pode ser compreendido pelo contexto.
15. (G1 - cp2 2012)
Texto I
Grafite é arte?
A prefeitura de São Paulo quer
preservar os desenhos
A discussão entre arte e poluição
visual gira em torno do grafite e da pichação desde que o mundo é mundo. 1Os
artistas se defendem falando sobre a arte e as experiências em outros países,
onde sua influência criativa é reconhecida. As autoridades ainda não conseguem
diferenciar o que é arte e o que é sujeira. E no fim das contas, como fica essa
situação?
No começo deste mês [julho de 2008], a
prefeitura de São Paulo contratou uma empresa para limpar os muros da cidade
que tinham pichações. 2A empresa terceirizada seguiu as ordens e
começou a passar tinta branca em tudo, inclusive em uma das obras dos
grafiteiros mais aclamados da atualidade, Os Gêmeos.
Carol Patrocinio. Disponível em: http://jovem.ig.com.br/
Texto II
Gentileza
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca
(Marisa Monte. Cd Memórias, crônicas
e declarações de amor. EMI, 2000)
Sabe-se que o sujeito indeterminado é empregado
quando não se quer ou não se pode determiná-lo. No texto II, foi usada uma
marca de indeterminação do sujeito no verso “Apagaram tudo”. Por uma
aproximação entre a ação de “limpar a cidade”, que ocorre nos textos I e II, no
entanto, é possível determinar esse sujeito.
Transcreva do segundo parágrafo do texto I um
substantivo que poderia ser núcleo do sujeito, caso ele fosse determinado.
16. (G1 - col. naval 2011)
Quando a rede vira um vício
Com o titulo "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da
comunidade Viciados em Internet Anônimos: "Estou muito dependente da web, Não consigo mais viver normalmente. Isso
é muito sério". Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de
Recuperação para Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de
viciados representa, nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos
que usam a web — com concentração na faixa dos 15 aos 29 anos. Os estragos são enormes.
Como ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma
tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar
conta do exagero.
Não é fácil
detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede
para estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas
histórias relatadas ao longo desta reportagem. A ciência, por sua vez, já tem
bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet
aumenta — até culminar, pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de
acordo com o estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a
habitar mais e mais as conversas.
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo
sobre o tema, nos Estados Unidos, a dependência em internet é reconhecida — e tratada — como uma doença. Surgiram grupos
especializados por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda resiste à ideia de que essa é
uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito semanas
de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a niveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível,
tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes
dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a
rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e
ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar.
Silvia Rogar e João
Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado.
Em qual das opções, considerando o trecho destacado, estrutura-se um
caso de sujeito indeterminado?
a) "[...] fez-se um desabafo
aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos [...]". (1°
parágrafo)
b) "[...] o doente desenvolve uma
tolerância que... o faz ficar on-line... sem se dar conta do
exagero." (1° parágrafo)
c) "As situações vividas na rede passam,
então, a habitar mais e mais as conversas." (2° parágrafo)
d) "Não seria factível, tampouco
desejável, que se mantivessem totalmente distantes dela, como se espera,
por exemplo, de um alcoólatra [...]". (3° parágrafo)
e) "Com a rede, afinal, descortina-se
uma nova dimensão de acesso às informações [...]". (3° parágrafo)
17. (G1 - cftmg 2016)
Lanchinho de avião - Drauzio Varella
A comissária de bordo pede para afivelarmos os
cintos e desligarmos os celulares. O comandante avisa que a decolagem foi
autorizada, a aeronave ganha velocidade na pista e levanta voo.
Em poucos minutos, ouve-se um som agudo, sinal de
que os computadores podem ser ligados. Junto à porta de entrada, as comissárias
se levantam e preparam o carrinho de lanches. De fileira em fileira, perguntam
o que cada passageiro deseja beber. No carrinho, acotovelam-se latas de refrigerantes,
a garrafa de café e uma infinidade de pacotes de sucos mais doces do que o
sorriso da mulher amada. O rapaz à minha direita prefere suco de manga; o da
esquerda quer um de pêssego. Agradeço, não quero nada. A moça estranha: “Nada,
mesmo?”.
Cerca de 52% dos brasileiros com
mais de 18 anos sofrem com o excesso de peso, taxa que nove anos atrás era de 43%. Já caíram na faixa da
obesidade 18% de nossos conterrâneos.
Os que visitam os Estados Unidos ficam chocados com o padrão e a prevalência da
obesidade. Lá, a dieta e a profusão de alimentos consumidos até em elevadores
conseguiram a proeza de engordar todo mundo; não escapam japoneses, vietnamitas
nem indianos.
A possibilidade de ganharmos a vida, sentados na
frente do computador, as comodidades da rotina diária e a oferta generosa de
bebidas e alimentos industrializados repletos de gorduras e açúcares que nos
oferecem a toda hora criaram uma combinação perversa que conspira para o acúmulo
de gordura no corpo.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 05 set. 2015. (Adaptado).
Houve emprego de sujeito desinencial em:
a) Em poucos minutos, ouve-se um som
agudo, sinal de que os computadores podem ser ligados.
b) Cerca de 52% dos brasileiros com
mais de 18 anos sofrem com o excesso de peso, taxa que nove anos atrás era de 43%.
c) No carrinho, acotovelam-se latas de
refrigerantes, a garrafa de café e uma infinidade de pacotes de sucos mais
doces do que o sorriso da mulher amada.
d) A possibilidade de ganharmos a vida,
sentados na frente do computador, as comodidades da rotina diária e a oferta
generosa de bebidas e alimentos industrializados repletos de gorduras e
açúcares que nos oferecem a toda hora criaram uma combinação perversa que
conspira para o acúmulo de gordura no corpo.
18. (Pucrj 2013)
De um lado, a loucura existe em relação à razão ou, pelo menos, em
relação aos “outros” que, em sua generalidade anônima, encarregam-se de
representá-la e atribuir-lhe valor de exigência; por outro lado, ela existe
para a razão, na medida em que surge ao olhar de uma consciência ideal que a
percebe como diferença em relação aos outros. A loucura tem uma dupla maneira
de postar-se diante da razão: ela está ao mesmo tempo do outro lado e sob seu
olhar. Do outro lado: a loucura é diferença imediata, negatividade pura, aquilo
que se denuncia como não-ser, numa evidência irrecusável; é uma ausência total
de razão, que logo se percebe como tal, sobre o fundo das estruturas do razoável.
Sob o olhar da razão: 1a loucura é individualidade singular cujas características
próprias, a conduta, a linguagem, os gestos, distinguem-se uma a uma daquilo
que se pode encontrar no não-louco; em sua particularidade ela se desdobra para
uma razão que não é termo de referência mas princípio de julgamento; a loucura
é então considerada em suas estruturas do racional.
FOUCAULT, Michel. História da Loucura na Idade
Clássica. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1972. p.203.
Comprovando com dados do próprio trecho, explique
por que o verbo distinguir foi flexionado na 3ª pessoa do
plural em “a loucura é individualidade singular cujas características
próprias, a conduta, a linguagem, os gestos, distinguem-se uma a uma daquilo
que se pode encontrar no não-louco” (ref. 1).
19.
(Uerj 2001)
PALAVRAS
"Veio me dizer que eu desestruturo a
linguagem. Eu desestruturo a linguagem? Vejamos: eu estou bem sentado num
lugar. Vem uma palavra e tira o lugar de debaixo de mim. Tira o lugar em que eu
estava sentado. Eu não fazia nada para que a palavra me desalojasse daquele
lugar. E eu nem atrapalhava a passagem de ninguém. Ao retirar de debaixo de mim
o lugar, eu desaprumei. Ali só havia um grilo com a sua flauta de couro. O
grilo feridava o silêncio. Os moradores do lugar se queixavam do grilo. Veio
uma palavra e retirou o grilo da flauta. Agora eu pergunto: quem desestruturou
a linguagem? Fui eu ou foram as palavras? E o lugar que retiraram de debaixo de
mim? Não era para terem retirado a mim do lugar? Foram as palavras pois que
desestruturaram a linguagem. E não eu."
(BARROS, Manoel de. Ensaios fotográficos. Rio de Janeiro:
Record, 2000.)
As gramáticas em geral registram duas ocorrências
que deixam o sujeito indeterminado: frases como "Falaram mal de
você", em que o verbo aparece na terceira pessoa do plural e não há
sujeito reconhecível, e frases como "Precisa-se de servente", em que
o pronome "se" na terceira pessoa do singular, indetermina o sujeito.
O poema de Manoel de Barros, no entanto, cria uma
outra ocorrência de sujeito indeterminado, que aparece no seguinte trecho:
a) "Veio me dizer que eu desestruturo
a linguagem"
b) "Vejamos: eu estou bem sentado num
lugar"
c) "Ali só havia um grilo com sua
flauta de couro"
d) "E o lugar que retiraram de
debaixo de mim?"
20. (G1 - ifal 2011)
Como prevenir a violência dos
adolescentes
“(...) Quando
deparo com as notícias sobre crimes hediondos envolvendo adolescentes, como o
ocorrido com Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, fico profundamente triste
e constrangida. Esse caso é consequência da baixa valorização da prevenção
primária da violência por meio das estratégias cientificamente comprovadas,
facilmente replicáveis e definitivamente muito mais baratas do que a
recuperação de crianças e adolescentes que comentem atos infracionais graves
contra a vida.
A construção da paz
e a prevenção da violência dependem de como promovemos o desenvolvimento
físico, social, mental, espiritual e cognitivo das nossas crianças e
adolescentes, dentro do seu contexto familiar e comunitário. Trata-se,
portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada
comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam incompletas ou
desestruturadas (...)”
Zilda Arns Neumann. (Folha de S Paulo, 26/11/2003.)
Tomando como base o mesmo fragmento a seguir, é correto afirmar que:
“Trata-se,
portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada
comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam incompletas...”
(2º parágrafo).
a) o verbo tratar em: “trata-se” poderia estar no plural, indiferentemente, uma vez que é
um caso de concordância especial.
b) o verbo tratar deveria estar no plural por apresentar um sujeito explícito.
c) A 3ª pessoa do singular do verbo
referente é que está correto, porque concorda com o sujeito: “uma ação
intersetorial”.
d) A 3ª pessoa do singular é que está
correto, uma vez que o “se” que o acompanha é classificado como pronome
apassivador.
e) O verbo “tratar” não deve ir para o plural, porque o “se” indica a
indeterminação do sujeito.
21. (Fuvest 2019)
Mito,
na acepção aqui empregada, não significa mentira, falsidade ou mistificação.
Tomo de empréstimo a formulação de Hans Blumenberg do mito político como um
processo contínuo de trabalho de uma narrativa que responde a uma necessidade
prática de uma sociedade em determinado período. Narrativa simbólica que é, o
mito político coloca em suspenso o problema da verdade. Seu discurso não
pretende ter validade factual, mas também não pode ser percebido como mentira
(do contrário, não seria mito). O mito político confere um sentido às 1circunstâncias
que envolvem os indivíduos: ao 2fazê‐los
ver sua condição presente como parte de uma história em curso, ajuda a
compreender e suportar o mundo 3em 4que vivem.
ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.
Sobre o sujeito da oração
“em que vivem” (ref. 3), é correto afirmar:
a) Expressa indeterminação,
cabendo ao leitor deduzir a quem se refere a ação verbal.
b) Está oculto e visa evitar a
repetição da palavra “circunstâncias” (ref. 1).
c) É uma função sintática
preenchida pelo pronome “que” (ref. 4).
d) É indeterminado, tendo em
vista que não é possível identificar a quem se refere a ação verbal.
e) Está oculto e seu referente
é o mesmo do pronome “os” em “fazê‐los” (ref. 2).
22. (Eear 2019)
Salve, lindo pendão1
da esperança,
Salve, símbolo augusto2 da paz!
Tua nobre presença à
lembrança
A grandeza da pátria nos
traz.
(trecho
do Hino à Bandeira – letra de Olavo Bilac música de Francisco Braga)
Glossário:
1
Pendão – bandeira, flâmula
2
Augusto – nobre
O trecho “Tua nobre
presença”, no contexto em que se insere, do ponto de vista sintático, se
classifica como
a) predicativo do sujeito.
b) sujeito simples.
c) objeto indireto.
d) aposto.
23. (Unesp 2019)
Leia o trecho inicial do
romance O Ateneu, de Raul Pompeia (1863-1895), para responder à(s) questão(ões)
a seguir.
“Vais
encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”
Bastante
experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das
ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do
amor doméstico; diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o
poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de
fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento,
têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos,
entretanto, com saudade hipócrita dos felizes tempos; como se a mesma incerteza
de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora, e não viesse
de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.
Eufemismo,
os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a
saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a
mesma em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das
aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a
mesma base fantástica de esperanças, a atualidade é uma. Sob a coloração
cambiante das horas, um pouco de ouro mais pela manhã, um pouco mais de púrpura
ao crepúsculo – a paisagem é a mesma de cada lado, beirando a estrada da vida.
Eu
tinha onze anos.
Frequentara
como externo, durante alguns meses, uma escola familiar do Caminho Novo, onde
algumas senhoras inglesas, sob a direção do pai, distribuíam educação à
infância como melhor lhes parecia. Entrava às nove horas timidamente, ignorando
as lições com a maior regularidade, e bocejava até às duas, torcendo-me de
insipidez sobre os carcomidos bancos que o colégio comprara, de pinho e usados,
lustrosos do contato da malandragem de não sei quantas gerações de pequenos. Ao
meio-dia, davam-nos pão com manteiga. Esta recordação gulosa é o que mais
pronunciadamente me ficou dos meses de externato; com a lembrança de alguns companheiros
– um que gostava de fazer rir à aula, espécie interessante de mono louro,
arrepiado, vivendo a morder, nas costas da mão esquerda, uma protuberância
calosa que tinha; outro adamado, elegante, sempre retirado, que vinha à escola
de branco, engomadinho e radioso, fechada a blusa em diagonal do ombro à cinta
por botões de madrepérola. Mais ainda: a primeira vez que ouvi certa injúria
crespa, um palavrão cercado de terror no estabelecimento, que os partistas
denunciavam às mestras por duas iniciais como em monograma.
Lecionou-me
depois um professor em domicílio.
Apesar
deste ensaio da vida escolar a que me sujeitou a família, antes da verdadeira provação,
eu estava perfeitamente virgem para as sensações novas da nova fase. O
internato! Destacada do conchego placentário da dieta caseira, vinha próximo o
momento de se definir a minha individualidade.
(O Ateneu, 1999.)
a) Identifique os sujeitos
dos verbos “houvesse” e “viesse”, sublinhados no segundo parágrafo.
b) Transcreva o trecho
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu.” (1º parágrafo)
para o discurso indireto.
............................................................................................
Gabarito:
Resposta da questão 1: [E]
Na frase da opção [E], existe elipse do sujeito na oração “que fizesse
referência ao modo violento” para evitar a repetição do segmento anterior a que
se refere: “a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”.
Resposta da questão 2:
Em ordem direta, a oração tem a
seguinte grafia: “A Mercedes-Addelektra é a mais moderna e eficaz entre todas
as machinas de contabilidade”.
Resposta da questão 3:
a) Os padres acreditavam que Eugênio, devido à sua idade, poderia
desistir da vida eclesiástica caso visitasse a família, uma vez que seria
exposto às tentações mundanas. Sua mãe, no entanto, valeu-se do estado de saúde
e de ânimo do garoto para que os padres concordassem com uma visita aos
familiares após quatro anos de reclusão.
b) Eugênio, fazia já quatro anos, achava-se no seminário sem visitar sua
família.
A oração indicativa de tempo,
intercalada entre sujeito e predicado, mantém o verbo “fazer” no singular por
se tratar de verbo impessoal.
Resposta da questão 4: [C]
[I] Não há ordem inversa na oração destacada pela alternativa.
[II] Correta. Que parece
um artifício sentimental o poema dos cuidados maternos. Esta oração ficaria da seguinte maneira na ordem direta:
o poema dos cuidados maternos parece um artifício sentimental.
[III] Correta. Seria na ordem direta: e a enfiada das decepções não
viesse de longe.
Resposta da questão 5: [A]
Resposta da questão 6:
Algumas das orações são:
- os habitantes pudessem dizer
- desciam mulheres despenteadas
- a população inteira se preparava
- vendedores em manga de camisa gritavam
Resposta da questão 7:
Escritos em ordem direta, os versos formariam o seguinte período:
Derrubaram as palmeiras / para no lugar construírem uma autoestrada.
O estranhamento ao leitor é causado
pela anteposição do objeto direto (palmeira) em relação ao verbo (derrubar),
uma vez que o sujeito de tal verbo é indeterminado, portanto está conjugado na
3ª pessoa do plural. Vale notar que a construção que causa estranhamento no
leitor apresenta razão de ser: ela reflete o estranhamento do próprio eu lírico
frente à sua terra.
Resposta da questão 8:
a) O adjetivo é a palavra “acessória”.
b) O sujeito é “oportunidades de encontros e de
interações.”
c) Há predomínio pelo presente do
indicativo para tratar até mesmo de ações do passado.
Resposta da questão 9:
O verbo encontra-se na 3ª pessoa do
singular para concordar com o sujeito “o Sol”.
Resposta da questão 10:
O sujeito é isso.
Resposta da questão 11:
O verbo “haver” fica no singular por
ser impessoal nos dois exemplos. Já “Passar” e “caber” possuem sujeito
composto, mas como este está posposto, o verbo pode concordar com o núcleo mais
próximo, como ocorre nos exemplos, ou com a totalidade, indo para o plural.
Resposta da questão 12:
Em [I], vemos o verbo “haver” na
acepção de “ter” (“tinham escapado”) e compondo uma locução verbal com o verbo
“escapar”, por isso, ele é pessoal e flexiona-se para concordar com o sujeito.
Já em [II], vemos o verbo “haver” impessoal e na acepção de “existir”.
Resposta da questão 13: [A]
Ao colocar o verbo na terceira pessoa
do plural, vemos que há um sujeito que estaria na terceira pessoal do plural,
no entanto, como ele não é explicitado em nenhum momento, não é possível
identificá-lo e, assim, temos um sujeito indeterminado.
Resposta da questão 14: [E]
Ao retomarmos o 7º parágrafo: “Muitas
vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação
de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua
empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil
para denunciar a violação que sofreu.”, vemos que o sujeito de “recorre” é “o
trabalhador submetido ao trabalho escravo”, mencionado no período anterior.
Assim, temos um sujeito oculto.
Resposta da questão 15:
O substantivo pode ser “prefeitura” ou
“empresa”, pois no texto I é dito que a prefeitura contratou uma empresa
terceirizada para “limpar” os muros que tivessem pichações e, assim, muitas
obras foram apagadas.
Resposta da questão 16: [D]
Nas opções a), b), c), e e), os verbos
destacados apresentam sujeito simples, cujos núcleos são, respectivamente,
“desabafo”, “doente”, “situações” e “dimensão”. Em d), a presença do verbo
transitivo indireto configura uma oração com sujeito indeterminado.
Resposta da questão 17: [D]
O sujeito desinencial é aquele que não
está explícito, mas que pode ser inferido a partir da terminação do verbo. Na
alternativa [D], nota-se que não há nenhuma menção direta a um sujeito, mas
sabe-se que ele é a primeira pessoa do plural (“nós”) a partir da terminação
verbal em “mos”, como em “ganharmos”. Já nas outras alternativas, não há
nenhuma inferência de sujeito a partir da desinência verbal.
Resposta da
questão 18:
O verbo está concordando com características
próprias.
Resposta da
questão 19: [A]
Resposta da
questão 20: [E]
Como se afirma em [E], o verbo”tratar” deve ficar
no singular, pois o termo “se” é uma partícula de indeterminação do sujeito.
Resposta da questão 21: [E]
A oração “em
que vivem” apresenta sujeito oculto, elíptico ou desinencial. Remete ao termo
“indivíduos”, referido também no pronome oblíquo “os” da expressão verbal “fazê‐los”. Assim, é correta a opção [E].
Resposta da questão 22: [B]
[A]
Incorreto. Não há verbo de ligação, expresso ou subentendido, no enunciado para
que haja predicativo do sujeito.
[B]
Correto. Ao considerar o trecho (“Tua nobre presença à lembrança A grandeza da
pátria nos traz”), percebe-se que o verbo, conjugado na 3ª pessoa do
singular, deve apresentar como sujeito uma expressão que concorde com ele.
Dentre as possibilidades, tanto “tua nobre presença” quanto “a grandeza da
pátria” poderiam desempenhar as funções de sujeito simples, porém “Tua nobre
presença” vem no início da oração.
[C]
Incorreto. Objeto indireto requer preposição.
[D] Incorreto. Aposto requer explicação de termo antecedente.
Resposta da questão 23:
a) No contexto, o termo
“houvesse” faz parte da locução verbal “houvesse perseguido” e tem como núcleo
do sujeito a palavra “incerteza”. No segmento “não viesse de longe a enfiada das decepções
que nos ultrajam”, o núcleo do sujeito do verbo “viesse” é “enfiada”.
b) Em
discurso indireto, a frase teria a seguinte configuração: à porta do Ateneu, meu pai disse-me que eu iria encontrar o mundo.