quinta-feira, 31 de maio de 2018

Stop Jornalístico

Após falarmos sobre as funções do pronome "se", os alunos da 2ª série tiveram que procurar, em jornais, frases com índice de indeterminação do sujeito e pronome apassivador. Com essa atividade, foi possível perceber, na prática, a quantidade de funções que o "se" pode desempenhar em textos de diversos gêneros.

Colégio Teresiano
2ª série do Ensino Médio










O Estudo Dirigido como ferramenta de aprendizado

Através de videoaulas e sites de pesquisa sugeridos no Estudo Dirigido, os alunos da 2ª série revisaram os conteúdos trabalhados em sala de aula e fizeram mapas conceituais com os pontos que consideraram mais importantes para seu estudo.

Colégio Teresiano
2ª série do Ensino Médio









terça-feira, 29 de maio de 2018

Tipos de sujeito e concordância dos verbos impessoais - Questões de Vestibular

01. (Enem 2013)  Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.
RODRIGUES, S. “Sobre palavras”. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
a) “[…] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”   
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe […]”.   
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influência dos astros sobre os homens’.”   
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper […]”.   
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”   
  
02. (Fgv 2017) 

Examine esta propaganda da década de 1930:

Assim como a imagem, também o texto da propaganda contém marcas da época em que ela foi criada. Além da ortografia, em que essas marcas são mais numerosas e visíveis, é possível identificar, no vocabulário, algumas palavras pouco comuns em textos publicitários atuais. Também na sintaxe é possível identificar pelo menos uma frase estruturada em ordem indireta (sujeito posposto ao verbo), tendência rara hoje em dia. Reescreva-a em ordem direta.

03. (Fgv 2016)   

Havia já quatro anos que Eugênio se achava no seminário sem visitar sua família. Seu pai já por vezes tinha escrito aos padres pedindo-lhes que permitissem que o menino viesse passar as férias em casa. Estes porém, já de posse dos segredos da consciência de Eugênio, receando que as seduções do mundo o arredassem do santo propósito em que ia tão bem encaminhado, opuseram-se formalmente, e responderam-lhe, fazendo ver que aquela interrupção na idade em que se achava o menino era extremamente perigosa, e podia ter péssimas consequências, desviando-o para sempre de sua natural vocação.
Uma ausência, porém de quatro anos já era excessiva para um coração de mãe, e a de Eugênio, principalmente depois que seu filho andava mofino e adoentado, não pôde mais por modo nenhum conformar-se com a vontade dos padres. Estes portanto, muito de seu mau grado, não tiveram remédio senão deixá-lo partir.
(Bernardo Guimarães. O Seminarista, 1995)

Analise a frase inicial do texto: “Havia já quatro anos que Eugênio se achava no seminário sem visitar sua família.”

a) Por que os padres não permitiam que Eugênio visitasse a família? De que argumentos se valeu a mãe dele para conseguir que o liberassem?

b) Reescreva a frase, conforme as orientações: inicie-a com “Eugênio”; introduza entre o sujeito e o verbo a oração indicativa de tempo, substituindo o verbo “haver” por “fazer”. Realize os ajustes necessários.

04. (Fgv 2015)

“Vais encontrar o mundo, 1disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.” Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, 2que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico; diferente do que se encontra fora, tão diferente, 3que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora, e 4não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas.
Raul Pompeia, O Ateneu.

Na frase “disse-me meu pai” (ref. 1), ocorre ordem indireta, uma vez que seu sujeito está posposto ao verbo. No texto, há outros exemplos desse tipo de inversão.
Considere os seguintes trechos:

I. “que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho”; (ref. 2)
II. “que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental”; (ref. 3)
III. “e não viesse de longe a enfiada das decepções”. (ref. 4)

Configura também frase com sujeito posposto a que está citada em
a) I, apenas.   
b) II, apenas.   
c) II e III, apenas.   
d) III, apenas.   
e) I, II e III.   
  
05. (Fgv 2009)

Observe a charge.

I. Em discurso direto, quanto à concordância, a primeira fala da charge estaria corretamente redigida da seguinte forma: Depois dizem: "Os brasileiros não têm incentivo ao esporte."
II. Na primeira fala, a expressão ao esporte poderia ser substituída por à práticas esportivas.
III. Na segunda fala, a forma verbal está no plural concordando com o sujeito "200 toneladas".

Está CORRETO o que se afirma em:
a) I apenas.    
b) III apenas.   
c) I e II apenas.    
d) II e III apenas.   
e) I, II e III.   

06. (Uerj 2005)   
A CIDADE SITIADA (1949)
O subúrbio de S. Geraldo, no ano de 192..., já misturava ao cheiro de estrebaria algum progresso. Quanto mais fábricas se abriam nos arredores, mais o subúrbio se erguia em vida própria sem que os habitantes pudessem dizer que transformação os atingia. Os movimentos já se haviam congestionado e não se poderia atravessar uma rua sem desviar-se de uma carroça que os cavalos vagarosos puxavam, enquanto um automóvel impaciente buzinava atrás lançando fumaça. Mesmo os crepúsculos eram agora enfumaçados e sanguinolentos. De manhã, entre os caminhões que pediam passagem para a nova usina, transportando madeira e ferro, as cestas de peixe se espalhavam pela calçada, vindas através da noite de centros maiores. Dos sobrados desciam mulheres despenteadas com panelas, os peixes eram pesados quase na mão, enquanto vendedores em manga de camisa gritavam os preços. E quando sobre o alegre movimento da manhã soprava o vento fresco e perturbador, dir-se-ia que a população inteira se preparava para um embarque.
Ao pôr-do-sol galos invisíveis ainda cocoricavam. E misturando-se ainda à poeira metálica das fábricas o cheiro das vacas nutria o entardecer. Mas de noite, com as ruas subitamente desertas, já se respirava o silêncio com desassossego, como numa cidade; e nos andares piscando de luz todos pareciam estar sentados. As noites cheiravam a estrume e eram frescas. Às vezes chovia.
(LISPECTOR, Clarice. A Cidade sitiada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.)

No texto, o crescimento de um subúrbio é representado como uma força que se impõe aos habitantes. Transcreva duas orações que, apresentando como núcleo do sujeito um substantivo referente a um ser humano, confirmam essa perspectiva.

07. (Pucrj 2016) 

Retificação
As palmeiras derrubaram
para no lugar construírem uma autoestrada
O sabiá ganhou um festival nos idos de 68
mas está sendo rapidamente exterminado
ou anda preso em alguma gaiola

O exílio de minha terra deixou de ser uma canção
                                                                                           PORTUGAL, Claudius Hermann et al. Folha de rosto. Rio de Janeiro: 1989, p. 9.

Uma oração empregada na ordem direta apresenta a seguinte estrutura: sujeito – verbo – complementos – adjuntos. Observe os dois primeiros versos e verifique que a organização de uma das orações causa intencionalmente certo estranhamento ao leitor. Explique em que consiste esse estranhamento.
  
08. (Pucrj 2015)

A amizade, nos séculos XVIII e XIX, é aceita, valorizada, mas não está em evidência. O amor, o casal e a família ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a eles, desempenhando muitas vezes papéis secundários. A amizade é alegria suplementar, marca de uma eleição, não é uma instituição. Ela estabelece redes de influência, inventa lugares de convivência e laços de resistência enquanto se multiplicam para a maioria as oportunidades de encontros e de interações.
Todos a dizem essencial: na verdade, é “acessória”. Seu exercício voluntário torna-lhe a existência mais frágil, mais submetida ao acaso. Os valores da amizade parecem tanto mais invocados quanto mais outras obrigações, outras injunções tendem a limitar de fato a possibilidade do seu exercício. A amizade no entanto se exerce, ela ocupa, é atuante. Esse exercício da amizade forma e transforma: praticando-o, elaboram-se tanto o si mesmo quanto o entre-si. Indo ao encontro dos outros, é ao encontro de si mesma que a pessoa se lança. Nela se conjugam a alegria comum e o ethos, que eu gostaria de traduzir ao mesmo tempo como uso e como fragmento de ética.
VINCENT-BUFFAULT, Anne. Da amizade: uma história do exercício da amizade nos séculos XVIII e XIX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.

a) O texto revela o caráter secundário da amizade nos séculos XVIII e XIX, o que fica explícito em “O amor, o casal e a família ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a eles, desempenhando muitas vezes papéis secundários.” Transcreva do 2º parágrafo do texto o adjetivo que reitera essa ideia.

b) Tendo em vista a regra básica de concordância verbal, identifique o sujeito de “se multiplicam”, no último período do 1º parágrafo do texto.

c) No texto, há o predomínio de um determinado tempo verbal. Identifique-o e explique o seu emprego.
  
09. (Pucrj 2013)

Espalham-se, por fim, as sombras da noite.
O sertanejo que de nada cuidou, que não ouviu as harmonias da tarde, nem reparou nos esplendores do céu, que não viu a tristeza a pairar sobre a terra, que de nada se arreceia, consubstanciado como está com a solidão, para, relanceia os olhos ao derredor de si e, se no lagar pressente alguma aguada, por má que seja, apeia-se, desencilha o cavalo e reunindo logo uns gravetos bem secos, tira fogo do isqueiro, mais por distração do que por necessidade.
Sente-se deveras feliz. Nada lhe perturba a paz do espírito ou o bem-estar do corpo. Nem sequer monologa, como qualquer homem acostumado a conversar.
Raros são os seus pensamentos: ou rememora as léguas que andou, ou computa as que tem que vencer para chegar ao término da viagem.
No dia seguinte, quando aos clarões da aurora acorda toda aquela esplêndida natureza, recomeça ele a caminhar, como na véspera, como sempre.
Nada lhe parece mudado no firmamento: as nuvens de si para si são as mesmas. 1Dá-lhe o Sol, quando muito, os pontos cardeais, e a terra só lhe prende a atenção, quando algum sinal mais particular pode servir-lhe de marco miliário na estrada que vai trilhando.
TAUNAY, Visconde de. Inocência. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/

Com relação à passagem “Dá-lhe o Sol, quando muito, os pontos cardeais, e a terra só lhe prende a atenção” (Ref. 1), explique por que o verbo dar encontra-se flexionado na 3ª pessoa do singular.

10. (Pucrj 2010) 

CAPÍTULO LXIII / TABULETA NOVA

Era um simples fabricante e vendedor de doces, estimado, afreguesado, respeitado, e principalmente respeitador da ordem pública...
- Mas o que é que há? perguntou Aires.
- A república está proclamada.
- Já há governo?
- Penso que já; mas diga-me V. Ex.a: ouviu alguém acusar-me jamais de atacar o governo?
Ninguém. Entretanto... Uma fatalidade! Venha em meu socorro. Excelentíssimo. Ajude-me a sair deste embaraço. A tabuleta está pronta, o nome todo pintado. – “Confeitaria do Império”, a tinta é viva e bonita. O pintor teima em que lhe pague o trabalho, para então fazer outro. Eu, se a obra não estivesse acabada, mudava de título, por mais que me custasse, mas hei de perder o dinheiro que gastei? V. Ex.a crê que, se ficar “Império”, venham quebrar-me as vidraças?
- Isso não sei.
- Realmente, não há motivo; é o nome da casa, nome de trinta anos, ninguém a conhece de outro modo.
- Mas pode pôr “Confeitaria da República”...
1- Lembrou-me isso, em caminho, mas também me lembrou que, se daqui a um ou dous meses, houver nova reviravolta, fico no ponto em que estou hoje, e perco outra vez o dinheiro.
[ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. In: Obra Completa. vol. 3. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1975.]
Qual o sujeito da frase “Lembrou-me isso, em caminho”, na ref. 1 do texto?

11. (Uerj 2013) 
As descontroladas
As primeiras mulheres que passaram na calçada da Rio Branco chamavam-se melindrosas.
Elas já atenderam por vários nomes. Uma “uva” era aquela que, de tão suculenta e bem-feita de curvas, devia abrir as folhas de sua parreira e deliciar os machos com a eternidade de sua sombra. 1Há cem anos as mulheres que circulam pela Rio Branco já foram chamadas de tudo e, diga-se a bem da verdade, algumas atenderam. Por aqui 3passou o “broto”, o “avião”, o “violão”, a “certinha”, o “pedaço”, a “deusa”, a “boazuda”, o “pitéu”, a “gata” e tantas outras que podem não estar mais no mapa.
Agora está entrando em cena, perfilada num funk do grupo As Panteras — um rótulo que, a propósito, notou a evolução das “gatas” —, a mulher do tipo “descontrolada”. (...). Não é exatamente o que o almofadinha lá do início diria no encaminhamento do eterno processo sedutivo, mas, afinal, homem nenhum também carrega mais almofadas para se sentar no bonde. Sequer bondes 2há. Já fomos “pães”. Muito doce, não pegou. Somos todos lamentáveis “tigrões” em nossa triste sina de matar um leão por dia.
Elas mereciam verbetes melhores, que se lhes ajustassem perfeitos, redondos, como a tal calça da Gang. A língua das ruas anda avacalhando com as nossas “minas”, para usar a última expressão em que as mulheres foram saudadas com delicadeza e exatidão — dentro da mina, afinal, 4cabe tanto a pepita de ouro como a cavidade que se enche de pólvora para explodir e destruir tudo o que estiver em cima.
JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS. O que as mulheres procuram na bolsa: crônicas. Rio de Janeiro: Record, 2004.  

Observe os verbos sublinhados nas passagens abaixo, todos no singular:

cem anos as mulheres que circulam pela Rio Branco já foram chamadas de tudo (ref. 1)
Sequer bondes . (ref. 2)

Por aqui passou o broto, o avião, (...) e tantas outras que podem não estar mais no mapa, (ref. 3)
dentro da mina, afinal, cabe tanto a pepita de ouro como a cavidade que se enche de pólvora (ref. 4)

Explique, com base nas regras de concordância da norma padrão, por que, nesses exemplos, o verbo haver fica sempre no singular, e por que passar e caber poderiam estar no plural: passaram e cabem.

12. (Pucrj 2017)

Olhou as cédulas arrumadas na palma, os níqueis e as pratas, suspirou, mordeu os beiços. Nem lhe restava o direito de protestar. Baixava a crista. Se não baixasse, desocuparia a terra, largar-se-ia com a mulher, os filhos pequenos e os cacarecos. Para onde? Hem? Tinha para onde levar a mulher e os meninos? Tinha nada!
Espalhou a vista pelos quatro cantos. Além dos telhados, que lhe reduziam o horizonte, a campina se estendia, seca e dura. Lembrou-se da marcha penosa que fizera através dela, com a família, todos esmolambados e famintos. Haviam escapado, e isto lhe parecia um milagre. Nem sabia como tinham escapado.
Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da Prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 1986. p.95-97.

O verbo haver apresenta comportamentos distintos nas frases a seguir. Explique por quê.

i) Haviam escapado, e isto lhe parecia um milagre. (2º parágrafo)
ii) Não havia paciência que suportasse tanta coisa. (3º parágrafo)  

13. (G1 - ifpe 2017) 

No que diz respeito à forma verbal “roubaram”, no segundo balão da charge, podemos dizer que
a) possui um sujeito indeterminado, por isso, o verbo está na terceira pessoa do plural.    
b) faz parte de uma oração sem sujeito, uma vez que o verbo é impessoal.    
c) tem como núcleo de seu sujeito simples a palavra “giz”.    
d) possui sujeito simples que, no caso, é o termo “professora”.    
e) seu sujeito é a palavra “ética”, em negrito no balão anterior.    

14. (G1 - ifpe 2017)

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil. Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/.

Em relação à forma verbal grifada no trecho “Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu.” (2º parágrafo), é CORRETO afirmar que
a) tem como núcleo do sujeito o termo “empreitada”.    
b) o verbo grifado tem sujeito indeterminado, por não ser possível encontrá-lo na oração.    
c) o sujeito está posposto ao verbo, sendo ele “órgãos governamentais”.
d) possui sujeito simples o qual, no caso, é “sociedade civil”.    
e) o sujeito é oculto, mencionado na oração anterior e, portanto, pode ser compreendido pelo contexto.   

15. (G1 - cp2 2012)

Texto I
Grafite é arte?
A prefeitura de São Paulo quer preservar os desenhos
A discussão entre arte e poluição visual gira em torno do grafite e da pichação desde que o mundo é mundo. 1Os artistas se defendem falando sobre a arte e as experiências em outros países, onde sua influência criativa é reconhecida. As autoridades ainda não conseguem diferenciar o que é arte e o que é sujeira. E no fim das contas, como fica essa situação?
No começo deste mês [julho de 2008], a prefeitura de São Paulo contratou uma empresa para limpar os muros da cidade que tinham pichações. 2A empresa terceirizada seguiu as ordens e começou a passar tinta branca em tudo, inclusive em uma das obras dos grafiteiros mais aclamados da atualidade, Os Gêmeos.
Carol Patrocinio. Disponível em: http://jovem.ig.com.br/

Texto II

Gentileza

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca
(Marisa Monte. Cd Memórias, crônicas e declarações de amor. EMI, 2000)

Sabe-se que o sujeito indeterminado é empregado quando não se quer ou não se pode determiná-lo. No texto II, foi usada uma marca de indeterminação do sujeito no verso “Apagaram tudo”. Por uma aproximação entre a ação de “limpar a cidade”, que ocorre nos textos I e II, no entanto, é possível determinar esse sujeito.
Transcreva do segundo parágrafo do texto I um substantivo que poderia ser núcleo do sujeito, caso ele fosse determinado.

16. (G1 - col. naval 2011)

Quando a rede vira um vício
                Com o titulo "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos: "Estou muito dependente da web, Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério". Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web — com concentração na faixa dos 15 aos 29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar conta do exagero.
                Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta reportagem. A ciência, por sua vez, já tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta — até culminar, pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as conversas.
                Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a dependência em internet é reconhecida e tratada como uma doença. Surgiram grupos especializados por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda resiste à ideia de que essa é uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a niveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar.
Silvia Rogar e João Figueiredo,  Veja,  24 de março de 2010. Adaptado.

Em qual das opções, considerando o trecho destacado, estrutura-se um caso de sujeito indeterminado?
a) "[...] fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos [...]". (1° parágrafo)   
b) "[...] o doente desenvolve uma tolerância que... o faz ficar on-line... sem se dar conta do exagero." (1° parágrafo)   
c) "As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as conversas." (2° parágrafo)   
d) "Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra [...]". (3° parágrafo)   
e) "Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações [...]". (3° parágrafo)   

17. (G1 - cftmg 2016)

Lanchinho de avião - Drauzio Varella
A comissária de bordo pede para afivelarmos os cintos e desligarmos os celulares. O comandante avisa que a decolagem foi autorizada, a aeronave ganha velocidade na pista e levanta voo.
Em poucos minutos, ouve-se um som agudo, sinal de que os computadores podem ser ligados. Junto à porta de entrada, as comissárias se levantam e preparam o carrinho de lanches. De fileira em fileira, perguntam o que cada passageiro deseja beber. No carrinho, acotovelam-se latas de refrigerantes, a garrafa de café e uma infinidade de pacotes de sucos mais doces do que o sorriso da mulher amada. O rapaz à minha direita prefere suco de manga; o da esquerda quer um de pêssego. Agradeço, não quero nada. A moça estranha: “Nada, mesmo?”.
Cerca de 52% dos brasileiros com mais de 18 anos sofrem com o excesso de peso, taxa que nove anos atrás era de 43%. Já caíram na faixa da obesidade 18% de nossos conterrâneos. Os que visitam os Estados Unidos ficam chocados com o padrão e a prevalência da obesidade. Lá, a dieta e a profusão de alimentos consumidos até em elevadores conseguiram a proeza de engordar todo mundo; não escapam japoneses, vietnamitas nem indianos.
A possibilidade de ganharmos a vida, sentados na frente do computador, as comodidades da rotina diária e a oferta generosa de bebidas e alimentos industrializados repletos de gorduras e açúcares que nos oferecem a toda hora criaram uma combinação perversa que conspira para o acúmulo de gordura no corpo.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 05 set. 2015. (Adaptado).

Houve emprego de sujeito desinencial em:
a) Em poucos minutos, ouve-se um som agudo, sinal de que os computadores podem ser ligados.   
b) Cerca de 52% dos brasileiros com mais de 18 anos sofrem com o excesso de peso, taxa que nove anos atrás era de 43%.   
c) No carrinho, acotovelam-se latas de refrigerantes, a garrafa de café e uma infinidade de pacotes de sucos mais doces do que o sorriso da mulher amada.   
d) A possibilidade de ganharmos a vida, sentados na frente do computador, as comodidades da rotina diária e a oferta generosa de bebidas e alimentos industrializados repletos de gorduras e açúcares que nos oferecem a toda hora criaram uma combinação perversa que conspira para o acúmulo de gordura no corpo.   

18. (Pucrj 2013) 

De um lado, a loucura existe em relação à razão ou, pelo menos, em relação aos “outros” que, em sua generalidade anônima, encarregam-se de representá-la e atribuir-lhe valor de exigência; por outro lado, ela existe para a razão, na medida em que surge ao olhar de uma consciência ideal que a percebe como diferença em relação aos outros. A loucura tem uma dupla maneira de postar-se diante da razão: ela está ao mesmo tempo do outro lado e sob seu olhar. Do outro lado: a loucura é diferença imediata, negatividade pura, aquilo que se denuncia como não-ser, numa evidência irrecusável; é uma ausência total de razão, que logo se percebe como tal, sobre o fundo das estruturas do razoável. Sob o olhar da razão: 1a loucura é individualidade singular cujas características próprias, a conduta, a linguagem, os gestos, distinguem-se uma a uma daquilo que se pode encontrar no não-louco; em sua particularidade ela se desdobra para uma razão que não é termo de referência mas princípio de julgamento; a loucura é então considerada em suas estruturas do racional.
FOUCAULT, Michel. História da Loucura na Idade Clássica. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1972. p.203.

Comprovando com dados do próprio trecho, explique por que o verbo distinguir foi flexionado na 3ª pessoa do plural em “a loucura é individualidade singular cujas características próprias, a conduta, a linguagem, os gestos, distinguem-se uma a uma daquilo que se pode encontrar no não-louco(ref. 1).

19. (Uerj 2001) 
PALAVRAS
"Veio me dizer que eu desestruturo a linguagem. Eu desestruturo a linguagem? Vejamos: eu estou bem sentado num lugar. Vem uma palavra e tira o lugar de debaixo de mim. Tira o lugar em que eu estava sentado. Eu não fazia nada para que a palavra me desalojasse daquele lugar. E eu nem atrapalhava a passagem de ninguém. Ao retirar de debaixo de mim o lugar, eu desaprumei. Ali só havia um grilo com a sua flauta de couro. O grilo feridava o silêncio. Os moradores do lugar se queixavam do grilo. Veio uma palavra e retirou o grilo da flauta. Agora eu pergunto: quem desestruturou a linguagem? Fui eu ou foram as palavras? E o lugar que retiraram de debaixo de mim? Não era para terem retirado a mim do lugar? Foram as palavras pois que desestruturaram a linguagem. E não eu."
(BARROS, Manoel de. Ensaios fotográficos. Rio de Janeiro: Record, 2000.)

As gramáticas em geral registram duas ocorrências que deixam o sujeito indeterminado: frases como "Falaram mal de você", em que o verbo aparece na terceira pessoa do plural e não há sujeito reconhecível, e frases como "Precisa-se de servente", em que o pronome "se" na terceira pessoa do singular, indetermina o sujeito.
O poema de Manoel de Barros, no entanto, cria uma outra ocorrência de sujeito indeterminado, que aparece no seguinte trecho:
a) "Veio me dizer que eu desestruturo a linguagem"   
b) "Vejamos: eu estou bem sentado num lugar"   
c) "Ali só havia um grilo com sua flauta de couro"   
d) "E o lugar que retiraram de debaixo de mim?"   

20. (G1 - ifal 2011)
 
Como prevenir a violência dos adolescentes
                “(...) Quando deparo com as notícias sobre crimes hediondos envolvendo adolescentes, como o ocorrido com Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, fico profundamente triste e constrangida. Esse caso é consequência da baixa valorização da prevenção primária da violência por meio das estratégias cientificamente comprovadas, facilmente replicáveis e definitivamente muito mais baratas do que a recuperação de crianças e adolescentes que comentem atos infracionais graves contra a vida.
                A construção da paz e a prevenção da violência dependem de como promovemos o desenvolvimento físico, social, mental, espiritual e cognitivo das nossas crianças e adolescentes, dentro do seu contexto familiar e comunitário. Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam incompletas ou desestruturadas (...)”
                Zilda Arns Neumann. (Folha de S Paulo, 26/11/2003.)

Tomando como base o mesmo fragmento a seguir, é correto afirmar que:

                “Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a participação das famílias, mesmo que estejam incompletas...” (2º parágrafo).

a) o verbo tratar em: “trata-se” poderia estar no plural, indiferentemente, uma vez que é um caso de concordância especial.   
b) o verbo tratar deveria estar no plural por apresentar um sujeito explícito.   
c) A 3ª pessoa do singular do verbo referente é que está correto, porque concorda com o sujeito: “uma ação intersetorial”.   
d) A 3ª pessoa do singular é que está correto, uma vez que o “se” que o acompanha é classificado como pronome apassivador.   
e) O verbo “tratar” não deve ir para o plural, porque o “se” indica a indeterminação do sujeito.  

21. (Fuvest 2019)  
Mito, na acepção aqui empregada, não significa mentira, falsidade ou mistificação. Tomo de empréstimo a formulação de Hans Blumenberg do mito político como um processo contínuo de trabalho de uma narrativa que responde a uma necessidade prática de uma sociedade em determinado período. Narrativa simbólica que é, o mito político coloca em suspenso o problema da verdade. Seu discurso não pretende ter validade factual, mas também não pode ser percebido como mentira (do contrário, não seria mito). O mito político confere um sentido às 1circunstâncias que envolvem os indivíduos: ao 2fazê‐los ver sua condição presente como parte de uma história em curso, ajuda a compreender e suportar o mundo 3em 4que vivem.

ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.

 Sobre o sujeito da oração “em que vivem” (ref. 3), é correto afirmar:
a) Expressa indeterminação, cabendo ao leitor deduzir a quem se refere a ação verbal.    
b) Está oculto e visa evitar a repetição da palavra “circunstâncias” (ref. 1).    
c) É uma função sintática preenchida pelo pronome “que” (ref. 4).    
d) É indeterminado, tendo em vista que não é possível identificar a quem se refere a ação verbal.    
e) Está oculto e seu referente é o mesmo do pronome “os” em “fazê‐los” (ref. 2).    

22. (Eear 2019) 
Salve, lindo pendão1 da esperança,
Salve, símbolo augusto2 da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da pátria nos traz.
(trecho do Hino à Bandeira – letra de Olavo Bilac música de Francisco Braga)

Glossário:
1 Pendão – bandeira, flâmula
2 Augusto – nobre

O trecho “Tua nobre presença”, no contexto em que se insere, do ponto de vista sintático, se classifica como
a) predicativo do sujeito.   
b) sujeito simples.   
c) objeto indireto.   
d) aposto.   


23. (Unesp 2019)

Leia o trecho inicial do romance O Ateneu, de Raul Pompeia (1863-1895), para responder à(s) questão(ões) a seguir.

“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico; diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora, e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de esperanças, a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro mais pela manhã, um pouco mais de púrpura ao crepúsculo – a paisagem é a mesma de cada lado, beirando a estrada da vida.
Eu tinha onze anos.
Frequentara como externo, durante alguns meses, uma escola familiar do Caminho Novo, onde algumas senhoras inglesas, sob a direção do pai, distribuíam educação à infância como melhor lhes parecia. Entrava às nove horas timidamente, ignorando as lições com a maior regularidade, e bocejava até às duas, torcendo-me de insipidez sobre os carcomidos bancos que o colégio comprara, de pinho e usados, lustrosos do contato da malandragem de não sei quantas gerações de pequenos. Ao meio-dia, davam-nos pão com manteiga. Esta recordação gulosa é o que mais pronunciadamente me ficou dos meses de externato; com a lembrança de alguns companheiros – um que gostava de fazer rir à aula, espécie interessante de mono louro, arrepiado, vivendo a morder, nas costas da mão esquerda, uma protuberância calosa que tinha; outro adamado, elegante, sempre retirado, que vinha à escola de branco, engomadinho e radioso, fechada a blusa em diagonal do ombro à cinta por botões de madrepérola. Mais ainda: a primeira vez que ouvi certa injúria crespa, um palavrão cercado de terror no estabelecimento, que os partistas denunciavam às mestras por duas iniciais como em monograma.
Lecionou-me depois um professor em domicílio.
Apesar deste ensaio da vida escolar a que me sujeitou a família, antes da verdadeira provação, eu estava perfeitamente virgem para as sensações novas da nova fase. O internato! Destacada do conchego placentário da dieta caseira, vinha próximo o momento de se definir a minha individualidade.
 (O Ateneu, 1999.)

a) Identifique os sujeitos dos verbos “houvesse” e “viesse”, sublinhados no segundo parágrafo.

b) Transcreva o trecho “Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu.” (1º parágrafo) para o discurso indireto.  

 
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Gabarito:  

Resposta da questão 1: [E]
Na frase da opção [E], existe elipse do sujeito na oração “que fizesse referência ao modo violento” para evitar a repetição do segmento anterior a que se refere: “a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”.  

Resposta da questão 2:
Em ordem direta, a oração tem a seguinte grafia: “A Mercedes-Addelektra é a mais moderna e eficaz entre todas as machinas de contabilidade”.  

Resposta da questão 3:
a) Os padres acreditavam que Eugênio, devido à sua idade, poderia desistir da vida eclesiástica caso visitasse a família, uma vez que seria exposto às tentações mundanas. Sua mãe, no entanto, valeu-se do estado de saúde e de ânimo do garoto para que os padres concordassem com uma visita aos familiares após quatro anos de reclusão.
b) Eugênio, fazia já quatro anos, achava-se no seminário sem visitar sua família. 
A oração indicativa de tempo, intercalada entre sujeito e predicado, mantém o verbo “fazer” no singular por se tratar de verbo impessoal.   

Resposta da questão 4: [C]
[I] Não há ordem inversa na oração destacada pela alternativa.
[II] Correta. Que parece um artifício sentimental o poema dos cuidados maternos. Esta oração ficaria da seguinte maneira na ordem direta: o poema dos cuidados maternos parece um artifício sentimental.
[III] Correta. Seria na ordem direta: e a enfiada das decepções não viesse de longe.   

Resposta da questão 5: [A]  

Resposta da questão 6:
 Algumas das orações são:
- os habitantes pudessem dizer
- desciam mulheres despenteadas
- a população inteira se preparava
- vendedores em manga de camisa gritavam

Resposta da questão 7:
Escritos em ordem direta, os versos formariam o seguinte período: Derrubaram as palmeiras / para no lugar construírem uma autoestrada.
O estranhamento ao leitor é causado pela anteposição do objeto direto (palmeira) em relação ao verbo (derrubar), uma vez que o sujeito de tal verbo é indeterminado, portanto está conjugado na 3ª pessoa do plural. Vale notar que a construção que causa estranhamento no leitor apresenta razão de ser: ela reflete o estranhamento do próprio eu lírico frente à sua terra.  

Resposta da questão 8:
a) O adjetivo é a palavra “acessória”.
b) O sujeito é “oportunidades de encontros e de interações.”
c) Há predomínio pelo presente do indicativo para tratar até mesmo de ações do passado.  

Resposta da questão 9:
O verbo encontra-se na 3ª pessoa do singular para concordar com o sujeito “o Sol”.  

Resposta da questão 10:
O sujeito é isso.  

Resposta da questão 11:
O verbo “haver” fica no singular por ser impessoal nos dois exemplos. Já “Passar” e “caber” possuem sujeito composto, mas como este está posposto, o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo, como ocorre nos exemplos, ou com a totalidade, indo para o plural.  

Resposta da questão 12:
Em [I], vemos o verbo “haver” na acepção de “ter” (“tinham escapado”) e compondo uma locução verbal com o verbo “escapar”, por isso, ele é pessoal e flexiona-se para concordar com o sujeito. Já em [II], vemos o verbo “haver” impessoal e na acepção de “existir”.  

Resposta da questão 13: [A]
Ao colocar o verbo na terceira pessoa do plural, vemos que há um sujeito que estaria na terceira pessoal do plural, no entanto, como ele não é explicitado em nenhum momento, não é possível identificá-lo e, assim, temos um sujeito indeterminado.  

Resposta da questão 14: [E]
Ao retomarmos o 7º parágrafo: “Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu.”, vemos que o sujeito de “recorre” é “o trabalhador submetido ao trabalho escravo”, mencionado no período anterior. Assim, temos um sujeito oculto.  

Resposta da questão 15:
O substantivo pode ser “prefeitura” ou “empresa”, pois no texto I é dito que a prefeitura contratou uma empresa terceirizada para “limpar” os muros que tivessem pichações e, assim, muitas obras foram apagadas.  

Resposta da questão 16: [D]
Nas opções a), b), c), e e), os verbos destacados apresentam sujeito simples, cujos núcleos são, respectivamente, “desabafo”, “doente”, “situações” e “dimensão”. Em d), a presença do verbo transitivo indireto configura uma oração com sujeito indeterminado.  

Resposta da questão 17: [D]
O sujeito desinencial é aquele que não está explícito, mas que pode ser inferido a partir da terminação do verbo. Na alternativa [D], nota-se que não há nenhuma menção direta a um sujeito, mas sabe-se que ele é a primeira pessoa do plural (“nós”) a partir da terminação verbal em “mos”, como em “ganharmos”. Já nas outras alternativas, não há nenhuma inferência de sujeito a partir da desinência verbal.  

Resposta da questão 18:
O verbo está concordando com características próprias.  

Resposta da questão 19: [A]

Resposta da questão 20: [E]
Como se afirma em [E], o verbo”tratar” deve ficar no singular, pois o termo “se” é uma partícula de indeterminação do sujeito.  


Resposta da questão 21: [E]
A oração “em que vivem” apresenta sujeito oculto, elíptico ou desinencial. Remete ao termo “indivíduos”, referido também no pronome oblíquo “os” da expressão verbal “fazêlos”. Assim, é correta a opção [E].   

Resposta da questão 22: [B]
[A] Incorreto. Não há verbo de ligação, expresso ou subentendido, no enunciado para que haja predicativo do sujeito.
[B] Correto. Ao considerar o trecho (“Tua nobre presença à lembrança A grandeza da pátria nos traz”), percebe-se que o verbo, conjugado na 3ª pessoa do singular, deve apresentar como sujeito uma expressão que concorde com ele. Dentre as possibilidades, tanto “tua nobre presença” quanto “a grandeza da pátria” poderiam desempenhar as funções de sujeito simples, porém “Tua nobre presença” vem no início da oração.
[C] Incorreto. Objeto indireto requer preposição.
[D] Incorreto. Aposto requer explicação de termo antecedente.  

Resposta da questão 23:
a) No contexto, o termo “houvesse” faz parte da locução verbal “houvesse perseguido” e tem como núcleo do sujeito a palavra “incerteza”. No segmento “não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam”, o núcleo do sujeito do verbo “viesse” é “enfiada”.

b) Em discurso indireto, a frase teria a seguinte configuração: à porta do Ateneu, meu pai disse-me que eu iria encontrar o mundo.