terça-feira, 29 de maio de 2018

Vozes verbais - Questões de Vestibular

01. (Uerj 2012 - Adaptada)

Durante mais de trinta anos, o bondezinho das dez e quinze, que descia do Silvestre, parava como burro ensinado em frente à casinha de José Maria, e ali encontrava, almoçado e pontual, o velho funcionário.
Um dia, porém, José Maria faltou. O motorneiro batia a sirene. Os passageiros se impacientavam. Floripes correu aflita a avisar o patrão. Achou-o de pijama, estirado na poltrona, querendo rir.
Floripes serviu-lhe o jantar, deixou tudo arrumado, e retirou-se para dormir no barraco da filha.

ANÍBAL MACHADO. A morte da porta-estandarte e Tati, a garota e outras histórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.

No trecho transcrito a seguir há quatro orações, cujos limites estão assinalados por uma barra:

Floripes serviu-lhe o jantar, / deixou tudo arrumado, / e retirou-se / para dormir no barraco da filha.

Reescreva esse trecho, passando a primeira oração para a voz passiva.

02. (Uerj 2017) 
O DISCURSO
Natividade é que não teve distrações de espécie alguma. Toda ela estava nos filhos, e agora especialmente na carta e no discurso. Começou por não dar resposta às efusões políticas de Paulo; foi um dos conselhos do conselheiro. Quando o filho tornou pelas férias tinha esquecido a carta que escrevera.
O discurso é que ele não esqueceu, mas quem é que esquece os discursos que faz? Se são bons, a memória os grava em bronze; se ruins, deixam tal ou qual amargor que dura muito. O melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-los excelentes, e, se a razão não aceita esta imaginação, consultar pessoas que a aceitem, e crer nelas. A opinião é um velho óleo incorruptível.
Paulo tinha talento. O discurso naquele dia podia pecar aqui ou ali por alguma ênfase, e uma ou outra ideia vulgar e exausta. Tinha talento Paulo. Em suma, o discurso era bom. Santos achou-o excelente, leu-o aos amigos e resolveu transcrevê-lo nos jornais. 1Natividade não se opôs, mas entendia que algumas palavras deviam ser cortadas.
– Cortadas, por quê? perguntou Santos, e ficou esperando a resposta.
MACHADO DE ASSIS . Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.

Natividade não se opôs, mas entendia que algumas palavras deviam ser cortadas. (ref. 1)

A voz verbal na oração sublinhada põe em destaque a sugestão de Natividade em relação ao discurso do filho. Identifique essa voz verbal e justifique seu emprego no texto, a partir da afirmativa acima.

03. (Pucrj 2007) 

                Na Idade Média, no início dos tempos modernos, e por muito tempo ainda nas classes populares, as crianças misturavam-se com os adultos assim que eram consideradas capazes de dispensar a ajuda das mães ou das amas, poucos anos depois de um desmame - ou seja, aproximadamente, aos sete anos de idade. A partir desse momento, ingressavam imediatamente na grande comunidade dos homens, participando com seus amigos jovens ou velhos dos trabalhos e dos jogos de todos os dias. O movimento da vida coletiva arrastava numa mesma torrente as idades e as condições sociais, sem deixar a ninguém o tempo da solidão e da intimidade. Nessas existências densas e coletivas, não havia lugar para um setor privado. A família cumpria uma função - assegurava a transmissão da vida, dos bens e dos nomes - mas não penetrava muito longe na sensibilidade.
                As famílias e as classes reuniam indivíduos que se aproximavam por sua semelhança moral e pela identidade de seu gênero de vida. O antigo corpo social único, ao contrário, englobava a maior variedade possível de idades e condições.
Aries, Philippe. Historia Social da Criança e da Família. 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1981. pp. 194-6.

a) - Observe:
1) "Mas a partir do século XVIII, as famílias burguesas não aceitaram mais essa mistura (...)" - voz ativa
2) Mas a partir do século XVIII, essa mistura não foi mais aceita pelas famílias burguesas ... - voz passiva analítica

Realize a transposição da frase a seguir para a voz passiva analítica, processando modificações, se necessárias:

"O antigo corpo social único, ao contrário, englobava a maior variedade possível de idades e condições."

04. (Epcar (Afa) 2018) 

REDES SOCIAIS E COLABORAÇÃO EXTREMA: O FIM DO SENSO CRÍTICO?
Conectados. Essa palavra nunca fez tanto sentido quanto agora. Quando se discutia no passado sobre como os homens agiriam com o advento da aldeia global (...) não se imaginava o quanto esse processo seria rápido e devastador.
Quando começaram a se popularizar as redes sociais, 1um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos. Uma ferramenta colaborativa extrema, que possibilitaria o contato imediato com outras pessoas através de suas afinidades, fossem elas políticas, religiosas ou mesmo geográficas. Projetos colaborativos, revoluções instantâneas... Tudo seria maior e melhor quando as pessoas se alinhassem na órbita de seus ideais. 2O tempo passou, e essa revolução não se instaurou.
Basta observar as figuras que surgem nos sites de humor e outros assemelhados. 3Ou se aceita a situação, ou revolta-se. Sem chance para o debate ou questionamento.
A situação é ainda mais grave quando um dos poucos entes criativos restantes na internet produz algum comentário curto, espirituoso ou reflexivo, a respeito de alguma situação atual ou recente... Em minutos pipocam cópias da frase por todo lugar. 4Copia-se sem o menor bom senso, sem créditos. Pensar e refletir, e depois falar, são coisas do passado. O importante agora é copiar e colar, e depois partilhar. O advento das redes sociais trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes, os ídolos e as ideias consumistas mais arraigados, mas aparentemente está levando para longe algo muito mais humano e essencial na vida em sociedade: o senso crítico. Será uma troca justa?
Eugênio Mira http://obviousmag.org/

O vocábulo se exerce, na língua portuguesa, várias funções. Observe seu uso nos excertos a seguir.

I. “Copia-se sem o menor bom senso...” (ref. 4)
II. “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos.” (ref. 1)
III. “Ou se aceita a situação ou revolta-se.” (ref. 3)
IV. “O tempo passou, e essa revolução não se instaurou”. (ref. 2)

Assinale a análise correta.
a) Em I, o “se” é uma partícula expletiva ou de realce.    
b) Em II, o “se” é uma partícula integrante do verbo.    
c) Em III, o “se” foi utilizado para flexionar o verbo na voz passiva sintética em ambas as ocorrências.    
d) Em IV, o “se” classifica-se como pronome apassivador.    

05. (Unifesp 2018)

Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com uma análise de sua estrutura, que, por falta de melhor expressão, devemos chamar de “temporal”. É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro. O passado é o que vem antes do presente e o futuro é o que vem depois. Já o presente é o “agora”, o instante atual.
As descobertas de Einstein mudaram profundamente nossa concepção do tempo. Em sua teoria da relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia. O tempo relativístico adquire uma plasticidade definida pela realidade física à sua volta. A coisa se complica quando usamos a relatividade geral para descrever a origem do Universo.
(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.)

“Em sua teoria da relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia.” (2º parágrafo)

Ao se converter o trecho destacado para a voz passiva, o verbo “influencia” assume a seguinte forma:
a) é influenciada.   
b) foi influenciada.   
c) era influenciada.   
d) seria influenciada.   
e) será influenciada.   

A mídia realmente tem o poder de manipular as pessoas?
                À primeira vista, a resposta para a pergunta que intitula este artigo parece simples e óbvia: sim, a mídia é um poderoso instrumento de manipulação. A ideia de que o frágil cidadão comum é impotente frente aos gigantescos e poderosos conglomerados da comunicação é bastante atrativa intelectualmente. 1Assim, fomentou-se a concepção de que a mídia seria capaz de manipular incondicionalmente uma audiência submissa, passiva e acrítica.
                Todavia, como bons cidadãos céticos, devemos duvidar (ou ao menos manter certa ressalva) de proposições imediatistas e aparentemente fáceis. As relações entre mídia e público são demasiadamente complexas, vão muito além de uma simples análise behaviorista de estímulo/resposta. 2As mensagens transmitidas pelos grandes veículos de comunicação não são recebidas automaticamente e da mesma maneira por todos os indivíduos.
                [...] A mídia é apenas um, entre vários quadros ou grupos de referência, aos quais um indivíduo recorre como argumento para formular suas opiniões. 3“Os vários tipos de receptor situam-se numa 4complexa rede de referências em que a comunicação interpessoal e a midiática se completam e modificam”, afirmou a cientista social Alessandra Aldé em seu livro A construção da política: democracia, cidadania e meios de comunicação de massa.
5“A síntese e as conclusões que um telespectador vai realizar depois de assistir a um telejornal não podem ser antecipadas por ninguém; nem por quem produziu o telejornal, nem por quem assistiu ao mesmo tempo que aquele telespectador”, inferiu Carlos Eduardo.
Francisco Fernandes Ladeira. Adaptado de: http://observatoriodaimprensa.com.br/

06. (Ita 2017)  Assinale a opção em que o verbo destacado está na voz passiva pronominal.
a) Assim, fomentou-se a concepção de que a mídia seria capaz de manipular incondicionalmente uma audiência submissa, passiva e acrítica. (ref. 1)   
b) As mensagens transmitidas pelos grandes veículos de comunicação não são recebidas automaticamente e da mesma maneira por todos os indivíduos. (ref. 2)   
c) “Os vários tipos de receptor situam-se numa complexa rede de referências [...]” (ref. 3)   
d) “[...]complexa rede de referências em que a comunicação interpessoal e a midiática se completam e modificam” [...] (ref. 4)   
e) "A síntese e as conclusões que um telespectador vai realizar depois de assistir a um telejornal não podem ser antecipadas por ninguém; [...]" (ref. 5)   

07. (Fatec 2015)
Felicidade Clandestina - Clarice Lispector
(...) Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer.
(...) Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
(http://tinyurl.com/veele-contos Acesso em: 27.08.14. Adaptado)

Observe o trecho do texto: “e assim recebi o livro na mão(...)”

Ao passar a oração sublinhada nesse trecho para a voz passiva analítica, teremos:
a) O livro era recebido por mim.   
b) O livro é recebido por mim.   
c) O livro será recebido por mim.   
d) O livro foi recebido por mim.   
e) O livro seria recebido por mim.   

08. (G1 - cp2 2014)

MÚSICA E POESIA
A relação entre música e poesia vem desde a antiguidade. Na cultura da Grécia Antiga, por exemplo, poesia e música eram praticamente inseparáveis: a poesia era feita para ser cantada.
A partir de então, configuraram-se muitos momentos em que a música e a poesia se uniram. Segundo Antônio Medina Rodrigues, “a grande poesia medieval quase que foi exclusivamente concebida para o canto. 1O Barroco, séculos além, fez os primeiros ensaios operísticos, que iriam recolocar o teatro no coração da música. Depois Mozart, com a Flauta mágica ou D. Giovanni, levaria, como sabemos, esta fusão ao sublime”.
Luciano Cavalcanti. Disponível em e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/

“O Barroco (...) fez os primeiros ensaios operísticos (...)” (referência 1)

Reescreva o trecho acima transformando-o em voz passiva. Faça apenas as modificações necessárias.
  
09. (Fuvest 2018)

No Brasil colonial, o indissolúvel vínculo do matrimônio, tal como ele era concebido pela Igreja Católica, nem sempre terminava com a morte natural de um dos cônjuges. A crise do casamento assumia várias formas: a clausura das mulheres, enquanto os maridos continuavam suas vidas; a separação ou a anulação do matrimônio decretadas pela Igreja; a transgressão pela bigamia ou mesmo pelo assassínio do cônjuge.
Maria Beatriz Nizza da Silva, História da Família no Brasil Colonial. Adaptado.

a) No texto, que ideia é sintetizada pela palavra “crise”?
b) Reescreva a oração “tal como ele era concebido pela Igreja Católica”, empregando a voz ativa e fazendo as adaptações necessárias.

10. (Unesp 2017)

De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.
(Violência urbana, 2003.)

O trecho “As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe.” (2º parágrafo) foi construído na voz passiva. Ao se adaptar tal trecho para a voz ativa, a locução verbal “foram substituídas” assume a seguinte forma:
a) substitui.   
b) substituíram.   
c) substituiriam.   
d) substituiu.   
e) substituem.   

11. (Ufrgs 2017)

Estamos interessados em responder esta pergunta: afinal de contas, o que faz o brasil, BRASIL? Note-se que se trata de uma pergunta relacional que, tal como faz a própria sociedade brasileira, quer juntar e não dividir. Queremos, isto sim, descobrir como é que eles se ligam entre si; como é que cada um depende do outro; e 1como os dois formam uma realidade única que existe concretamente naquilo que chamamos de “pátria”. 2Trata-se, sempre, da questão de identidade.
Como se constrói uma identidade social? Como um povo se transforma em Brasil? 3A pergunta, na sua discreta singeleza, permite descobrir algo muito importante. É que, no meio de uma multidão de experiências dadas a todos os homens e sociedades, algumas necessárias à própria sobrevivência – como comer, dormir, morrer, reproduzir-se etc. – outras acidentais ou históricas –, 4o Brasil ter sido descoberto por portugueses e não por chineses, a geografia do Brasil ter certas características, falarmos português e não francês, a família real ter se transferido para o Brasil no início do século XIX etc.
Nessa perspectiva, a chave para entender a sociedade brasileira é umchave dupla. Como algo que tem dois lados. E mais: como uma realidade que nos tem iludido, precisamente porque 5nunca lhe propusemos esta questão relacional e reveladora: afinal de contas, como se ligam as duas faces de uma mesma moeda? O que faz o brasil, Brasil?
Adaptado de: DAMATTA, R. O que faz o brasil, Brasil? A questão da identidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 9-17.


Assinale a alternativa que apresenta a correta passagem de segmento do texto da voz ativa para a voz passiva.
a) como os dois formam uma realidade única (ref. 1) – como uma realidade única é formada pelos dois.   
b) Trata-se, sempre, da questão de identidade (ref. 2) – é tratado, sempre, da questão de identidade.   
c) A pergunta, na sua discreta singeleza, permite descobrir algo muito importante (ref. 3) – algo muito importante é perguntado, na sua discreta singeleza.    
d) o Brasil ter sido descoberto por portugueses e não por chineses (ref. 4) – portugueses, e não chineses, terem descoberto o Brasil.   
e) nunca lhe propusemos esta questão relacional e reveladora (ref. 5) – esta questão relacional e reveladora nunca lhe foi proposta.   

12. (Ufrgs 2014)

O que havia de tão revolucionário na Revolução Francesa? Soberania popular, liberdade civil, igualdade perante a lei – 1as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo Regime, os homens eram desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada à ordem hierárquica que 2fora posta na natureza pela própria obra de Deus. A liberdade significava privilégio – isto é, literalmente, “lei privada”, uma prerrogativa especial para fazer algo negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei, distribuía privilégios, 3pois havia sido ungido como o agente de Deus na terra.
Seria ótimo se pudéssemos associar a Revolução exclusivamente à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas ela nasceu na violência e imprimiu seus princípios em um mundo violento. Os conquistadores da Bastilha não se limitaram a destruir um símbolo do despotismo real. 4Entre eles, 150 foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, quando os sobreviventes apanharam o diretor, cortaram sua cabeça e desfilaram-na por Paris na ponta de uma lança.
Os revolucionários franceses não eram nossos contemporâneos. Esses princípios ainda permanecem como uma denúncia da tirania e da injustiça. 5Afinal, em que estava empenhada a Revolução Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade.
DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39.

Assinale a alternativa que contém a correta passagem de um segmento que ocorre em voz passiva no texto para a voz ativa.
a) dizemos as palavras hoje com tanta facilidade... (ref. 1)   
b) que a própria obra de Deus pusera na natureza. (ref. 2)   
c) pois o agente de Deus na terra o ungira. (ref. 3)   
d) Entre eles, 150 feriram-se ou mataram-se no assalto à prisão... (ref. 4)   
e) Afinal, em que se empenhou a Revolução Francesa? (ref. 5)   

13. (Fgv 2006) 

A China detonou uma bomba e pouca gente percebeu o estrago que ela causou. Assim que abriu as portas para as multinacionais oferecendo mão de obra e custos muito baratos, o país enfraqueceu as relações de trabalho no mundo. Em uma recente análise, a revista inglesa The Economist mostra que a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial dobrou a força de trabalho. Com isso, o poder de barganha de sindicatos do mundo inteiro teria se esfacelado. Provavelmente por isso, diz a revista, salários e benefícios tenham crescido apenas 11% desde 2001 nas empresas privadas dos Estados Unidos, ante 17% nos cinco anos anteriores.
(Você s/a, setembro de 2005)
Considere o seguinte trecho do texto:

Em uma recente análise, a revista inglesa "The Economist" mostra que a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial dobrou a força de trabalho.

Redija duas novas versões desse trecho, adotando a voz passiva,
a) com agente da passiva expresso em todo o trecho;

b) empregando pronome apassivador, somente na passagem - Em uma recente análise, a revista inglesa "The Economist" mostra.

.......................................................................................

Gabarito:  

Resposta da questão 1:
Ao passar a oração principal para a voz passiva, o trecho apresentaria a seguinte configuração: o jantar foi-lhe servido por Floripes  

Resposta da questão 2:
Voz passiva.

A preocupação de Natividade eram as palavras a serem cortadas e não quem as cortaria.  

Resposta da questão 3:
Ao contrário, a maior variedade possível de idades e condições era englobada pelo antigo corpo social único.

Resposta da questão 4: [D]
Em [I], o “se” é índice de indeterminação do sujeito; em [II], é pronome apassivador; em [III], na primeira ocorrência, o “se” foi utilizado para flexionar o verbo na voz passiva sintética, já na segunda ocorrência, é pronome reflexivo.  

Resposta da questão 5: [A]
Considerando que o verbo “influencia” está no presente do indicativo, ao passá-lo para a voz passiva, devemos manter o tempo presente por meio do verbo auxiliar. Assim, temos: “é influenciada”.  

Resposta da questão 6: [A]
A voz passiva pronominal, ou sintética, apresenta pronome apassivador (“se”) com verbo transitivo direto (ou verbo transitivo direto e indireto) e sujeito paciente, o que só corre na frase da opção [A] em que “fomentou” é VTD e “a concepção”, sujeito paciente. Em [B] e [E], as frases estão na voz passiva analítica, em [C], na voz ativa com verbo pronominal e em [D], na voz reflexiva recíproca.  

Resposta da questão 7: [D]
Considerando que o trecho encontra-se no pretérito perfeito, a voz passiva analítica deve apresentar a forma do verbo ser nesse mesmo tempo verbal. Tem-se, portanto, “O livro foi recebido por mim”.  

Resposta da questão 8:
É possível reescrever o trecho tanto na voz passiva analítica, isto é, verbo ser conjugado no tempo apropriado + particípio do verbo principal e, nesse caso, teríamos “Os primeiros ensaios operísticos foram feitos pelo Barroco”.
Também é possível utilizar a partícula apassivadora “se” seguida do verbo na terceira pessoa, construindo uma oração na voz passiva sintética e omitindo o agente da passiva. Nesse caso, teríamos “Fizeram-se os primeiros ensaios operísticos”.  

Resposta da questão 9:
a) O termo “crise” refere-se a conflitos matrimoniais que obrigavam à separação do casal, contrariando assim os preceitos da Igreja Católica que considerava o casamento como um vínculo indissolúvel.
b) Na voz ativa, a oração apresentaria a seguinte configuração: tal como a Igreja Católica o concebia.  

Resposta da questão 10: [B]
Apenas a alternativa [B] está correta. Na adaptação para a voz ativa, a forma “substituíram” mantém o tempo verbal (pretérito perfeito do indicativo) e a concordância com o sujeito composto. Dessa maneira, na voz ativa, o trecho fica assim: “O sentimento de insegurança e o isolamento que o medo impõe substituíram as noções de segurança e de vida comunitária”.  

Resposta da questão 11: [A]
[A] Correto. A alteração de voz verbal está correta, respeitando a manutenção de tempo e modo verbais, assim como a concordância.
[B] Incorreto. O verbo “tratar-se” é transitivo indireto, portanto não é possível a alteração de voz ativa para passiva analítica.
[C] Incorreto. A correspondência não se dá, uma vez que o sujeito ativo foi transformado em verbo. O correto seria: “Algo muito importante permite ser descoberto pela pergunta, na sua discreta singeleza”.
[D] Incorreto. A oração já está conjugada na voz passiva analítica.
[E] Incorreto. A transposição está correta, porém o sujeito ativo (“nós”) não foi apresentado como agente da passiva (“por nós”).  

Resposta da questão 12: [B]
As alternativas [A], [C] e [D] não apresentam soluções corretas relativamente à transposição da voz passiva para a ativa nos segmentos mencionados. Para tal, deveriam ser substituídos por “hoje dizem com tanta facilidade”, “pois o haviam ungido”, “Entre eles, mataram ou feriram 150 no assalto”, respectivamente. Em [E], a frase “Afinal, em que estava empenhada a Revolução Francesa?” já se encontra na voz ativa. Assim, é correta apenas a alternativa [B].  

Resposta da questão 13:
a) Voz passiva analítica:
Em uma recente análise, é mostrado pela revista "The Economist" que a força de trabalho foi dobrada pela entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial.

b) Voz passiva sintética:
Em uma recente análise, mostra-se que a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial dobrou a força de trabalho. 

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