domingo, 31 de maio de 2020

As pessoas do discurso e a conjugação verbal + Exercícios (BNCC)

Em todo processo comunicativo, é possível identificar três elementos que influenciam diretamente a conjugação verbal:
 
                                              Disponível em: http://www.jackbran.pro.br/gramatica/pronome_introducao.htm


A 1ª pessoa se refere àquele que vai transmitir a mensagem (emissor). É representado pelos pronomes “eu e “nós”. A conjugação verbal é realizada a partir desses pronomes, mas, na linguagem informal, é comum utilizarmos o “a gente” para representar a coletividade indicada pelo pronome “nós”.
O destinatário da mensagem, também chamado de receptor, é associado a pronomes de 2ª pessoa: “tu” e “vós”. Na fala, é comum fazermos o uso de “você”, “vocês” ou de tratamentos formais, como “senhor” ou “senhora” para nos dirigirmos à pessoa com quem falamos, mas a conjugação verbal segue aos pronomes indicados pela gramática tradicionalmente (tu e vós).
A 3ª pessoa se refere ao assunto/tema da mensagem que o emissor pretende transmitir ou à pessoa sobre quem se fala. É representada pelos pronomes “ele/ela” e “eles/elas”.
                Veja, na tabela abaixo, a conjugação dos verbos falar, comer e partir no presente do indicativo:


Pessoas 
do discurso

Conjugação verbal


FALAR
COMER
PARTIR
EU
FALO
COMO
PARTO
TU
FALAS
COMES
PARTES
ELE/ELA
FALA
COME
PARTE
NÓS
FALAMOS
COMEMOS
PARTIMOS
VÓS
FALAIS
COMEIS
PARTIS
ELES/ELAS  
FALAM
COMEM
PARTEM

Na tabela, percebemos que os verbos falar, comer e partir tem sua terminação alterada de acordo com a pessoa do discurso a que se refere. Isso ocorre com todos os verbos, independente de seu tempo ou modo.

 EXERCÍCIOS

  Leia a tirinha abaixo e responda às questões abaixo.


01.   O humor da tira está construído a partir de uma situação inesperada. Explicite-a.
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02.   Identifique, no primeiro quadrinho, as pessoas do discurso (emissor, receptor e referente).
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03.   No primeiro quadrinho, os verbos ser e saber estão conjugados na 3ª pessoa do discurso. Explique por que isso ocorre.
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04.   Transcreva, do segundo quadrinho, os verbos conjugados na 1ª pessoa do discurso.
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05.   Na tirinha, há uma locução verbal que, embora traga um verbo no indicativo, traz uma ideia de dúvida, incerteza. Identifique essa locução verbal.
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GABARITO

01.   É inesperada a situação de alguém comparar suas próprias atitudes a avanços alcançados por animais domésticos.

02.   No primeiro quadrinho, o emissor é a menina ruiva, o receptor é Armandinho e o referente é o gato de estimação.

03.   Os verbos ser e saber estão conjugados na 3ª pessoa porque fazem referência ao gato de estimação, que é o tema/assunto da mensagem transmitida.

04.   Os verbos conjugados na 1ª pessoa do discurso são “uso” e “dou”.

05.   A locução verbal que traz uma ideia de dúvida, incerteza é “devo ser” (terceiro quadrinho).



HABILIDADE DESENVOLVIDA:

(EF06LP04) Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo.


Colocação Pronominal - Exercícios (BNCC)

Leia o texto abaixo e responda às questões a seguir.

P A P OS
- Me disseram...
- Disseram-me.
- Hein?
- O correto é "disseram-me". Não "me disseram."
- Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"?
- O quê?
- Digo-te que você...
- O "te" e o "você" não combinam.
- Lhe digo?
- Também não.. O que você ia me dizer?
- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
- Partir-te a cara.
- Pois é. Partilá-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
- É para o seu bem.
- Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
- O quê?
- O mato.
- Que mato?
- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
- Eu só estava querendo...
- Pois esqueça e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
- Se você prefere falar errado...
- Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
- No caso... .não sei.
- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Esquece.
- Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-me-lo, vamos.
- Depende.
- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
- Agradeço-lhe a permissão para falar errrado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
- Por quê?
- Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
                                      Luis Fernando Veríssimo. Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/5308402

 01.   Identifique o tema principal do texto.
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02.   Transcreva a fala que dá origem ao conflito desenvolvido ao longo da crônica.
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03.   Caracterize os personagens a partir do diálogo apresentado.
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04.   O pronome oblíquo átono pode assumir três posições em relação ao verbo: antes (próclise), depois (ênclise) ou inserido no verbo (mesóclise). Retire do texto dois exemplos de cada uso.
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05.   Relacione o uso da mesóclise ao humor presente no texto.
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06.   Releia o seguinte trecho:

"- Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
- O quê?
- O mato.
- Que mato?
- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?"

a) A palavra “mato” apresenta dois sentidos no fragmento acima. Explicite-os.
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b) Explique por que o uso do pronome “o” provocou a duplicidade de sentido.
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07.   O texto traz uma reflexão sobre a adequação ou inadequação quanto ao uso dos pronomes oblíquos átonos. Explique por que o uso de “me disseram” está adequado ao contexto de comunicação, mesmo em desacordo com as normas gramaticais.
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08.   No diálogo, um dos personagens diz que “Pronome no lugar certo é elitismo!”. Você concorda com essa afirmação? Justifique a partir da leitura do texto e de seus conhecimentos acerca da colocação pronominal.
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HABILIDADES DESENVOLVIDAS

EF67LP36Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.

EF09LP10Comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.

O uso de conectivos - Exercícios (BNCC)

Leia a letra da música “O Calhambeque”, de Roberto Carlos, e responda às questões a seguir:

 O Calhambeque

Mandei meu Cadillac pro mecânico outro dia
Pois há muito tempo um conserto ele pedia
E como vou viver sem um carango pra correr?
Meu Cadillac, bi-bi
Quero consertar meu Cadillac

Com muita paciência o rapaz me ofereceu
Um carro todo velho que por lá apareceu
Enquanto o Cadillac consertava, eu usava
O Calhambeque, bi-bi
Quero buzinar o Calhambeque

Saí da oficina um pouquinho desolado
Confesso que estava até um pouco envergonhado
Olhando para o lado com cara de malvado
O Calhambeque, bi-bi
Buzinei assim o Calhambeque

E logo uma garota fez sinal para eu parar
E no meu Calhambeque fez questão de passear
Não sei o que pensei, mas eu não acreditei
Que o Calhambeque, bi-bi
O broto quis andar no Calhambeque

E muitos outros brotos que encontrei pelo caminho
Falavam: Que estouro, que beleza de carrinho
E fui me acostumando e do carango fui gostando
E o Calhambeque, bi-bi
Quero conservar o Calhambeque

Mas o Cadillac finalmente ficou pronto
Lavado, consertado, bem pintado, um encanto
Mas o meu coração, na hora exata de trocar
O Calhambeque, bi-bi
Meu coração ficou com o Calhambeque

Bem! Vocês me desculpem, mas agora eu vou-me embora
Existem mil garotas querendo passear comigo
É, mas é por causa desse Calhambeque, mora?
Bye! Bye! Bye!
Disponível em: https://www.letras.mus.br/roberto-carlos/48644/


01.   A música “O Calhambeque” foi gravada em 1966. Por ter o objetivo de representar uma conversa, foi utilizada uma linguagem informal, inserindo gírias comuns na época. Transcreva do texto expressões que comprovem essa afirmativa.
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02.   “Calhambeque” é um termo genérico utilizado para designar qualquer automóvel antigo ou em mau estado. Relacione essa definição à reação do eu-lírico ao precisar trocar de carro provisoriamente.
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03.   O conectivo “e” geralmente traz o sentido de adição. Porém, pode assumir outros significados dependendo de seu contexto de uso. Indique a relação de sentido expressa pelo conectivo “e” em “E como vou viver sem um carango pra correr?”.
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04.   Na quarta e quinta estrofe, há a repetição do conectivo “e”. Explique o efeito de sentido alcançado através dessa repetição.
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05.   Reescreva o verso “Mas o Cadillac finalmente ficou pronto” substituindo o conectivo “mas” por outro que mantenha a mesma relação de sentido.
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GABARITO

01.   As expressões que indicam o uso de gírias comuns na época de produção da música são: “carango”, “broto”, “Que estouro” e “mora”.

02.    Ao receber o calhambeque, o eu-lírico diz se sentir desolado e envergonhado por estar dirigindo um “Um carro todo velho que por lá apareceu”.

03.   O conectivo “e” em “E como vou viver sem um carango pra correr?” expressa o sentido de oposição.

04.   A repetição do conectivo “e” indica uma sequência de ações que vão ocorrendo durante o tempo em que o eu-lírico está com o calhambeque. Também indica uma gradação referente ao sentimento do eu-lírico, que começa a gostar da troca.

05.   Sugestão: Porém o Cadillac finalmente ficou pronto.
  O verso pode ser reescrito com outros conectivos de oposição, como porém, todavia ou entretanto.



HABILIDADES DESENVOLVIDAS

EF08LP14Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial (articuladores) e referencial (léxica e pronominal), construções passivas e impessoais, discurso direto e indireto e outros recursos expressivos adequados ao gênero textual.

(EF07LP11) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, períodos compostos nos quais duas orações são conectadas por vírgula, ou por conjunções que expressem
soma de sentido (conjunção “e”) ou oposição de sentidos (conjunções “mas”, “porém”).

sábado, 30 de maio de 2020

Ortografia (mas/mais) - Exercícios (BNCC)

Leia a tirinha abaixo e responda às questões a seguir:

01.   O humor da tirinha é construído através de uma ação inesperada. Explicite-a.
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02.   A pontuação é um recurso de extrema importância em tirinhas. Justifique o uso de reticências no primeiro quadrinho.
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03.   Explique o sentido da palavra “mais” no primeiro quadrinho.
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04.   Reescreva a fala do segundo quadrinho substituindo a palavra “mas” por outra de mesmo sentido.
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05.   Considerando o contexto expresso na tirinha, complete corretamente as lacunas a seguir com “mas” ou “mais”.

a)       Chamei para brincar de casinha, _________ não deu certo.
b)      Preciso de _________ amigos fazendo parte da brincadeira.
c)       Brincar de casinha ficou _________ difícil do que o planejado.
d)      Mônica queria se divertir, _________ acabou ficando chateada.



                                   GABARITO

01.   O humor da tirinha está construído a partir do fato de serem sinalizadas as contas a se pagar durante uma brincadeira de casinha entre crianças, algo inesperado.

02.   No primeiro quadrinho, as reticências foram utilizadas para indicar continuidade.

03.   “Mais”, no primeiro quadrinho, traz o sentido de quantidade, indicando que há a necessidade de se fazer uma economia maior do que a anteriormente feita.

04.   Tudo bem que você foi o único que aceitou brincar de casinha comigo... Porém, acho que você leva a brincadeira muito a sério!

05.   a) Mas (oposição).
b) Mais (quantidade).
c) Mais (quantidade).
d) Mas (oposição).


HABILIDADES DESENVOLVIDAS (BNCC):

(EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita.

(EEF15LP14) construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias).

Análise de um romance - Exercícios (BNCC)

Leia um trecho do romance “Vila de Confins”, de Mário Palmério, e responda às questões abaixo:

O Sertão dos Confins é um mundo de chão arenoso e branco, que principia na Serra dos Ferreiros e acaba no Ribeirão das Palmas.
Ah, e a caatinga!
Lavoura, lavoura mesmo, por ora nada: meia quarta de arroz aqui, litrinho ali de feijão comum; milho, cana e mandioca; e, lá uma vez na vida, um canteirinho de algodão.
Se o Sertão dos Confins é magro de boas terras, tem lá as suas compensações. A caça encontra-se à vontade nas tiras de mato e nas varjões beira-rio: jacus, jaós, patos, e tudo o que é raça de passarão morador nas redondezas de água corrente e parada. Nos campos pragueja a caça miúda das perdizes, codornas e nhambus. Para os que apreciam bichos de porte, há fartura de emas, queixadas, capivaras, e todo o tipo de veados das três moradas: campeiros, catingueiros e mateiros. Antas e cervos não fugiram de todo ainda, apesar de um ou outro caçador que sempre dá de aparecer por aquelas bandas. Tampouco as onças-pintadas, e outras pestes da mesma marca: sucuris e jacarés, sem falar nas piranhas, a maldição mor das águas sertanejas. As sucuris, essas, então, infestam as cabeceiras e brejos daqueles cafundós. Uma desgraça! Jacaré, também, enxame deles. E jacarés papo-amarelo, dos manatas — sornas sempre, mas refinadíssimos ladrões de tudo o que é criação de terreiro. Uma beleza, o Sertão dos Confins, para quem gosta de caçadas.
Para quem gosta da pesca, então é que é pagode! Peixe por demais: de escama ou de couro, de bigode ou sem bigode, a peixaria é um dilúvio. Dourados e matrinxãs, surubis e pacus, taguaras e piaus, jaús, pirás, corvinas... — povo aquático de todas as categorias e tamanhos. Tarrafa jogada em rasoura não volta murcha. Na pior das desgraças, são lá as suas oito ou dez curimatás de palmo e tanto, e cascudões de mais de quilo (um ensopado de cascudo, torrado antes no borralho para se conseguir arrancar o capotão de couro duro que nem ferro, e temperado sem misérias de pimenta, é prato de muito luxo). Anzol iscado com muçum não esfria na água e vai parar certinho no bucho de um moleque dos seus oito ou dez quilotes. Isso, quando o pescador é azarado, porque na maioria dos casos o peixe costuma pesar arroba e coisa. E não é novidade, não senhor, arrancar-se um pintadão de mais de cinco arrobas! (...)
     Este, um ligeiro apanhado do Sertão dos Confins. Esqueceram-no as geografias, esqueceram-no os governos. Quem desejar pormenores, só mesmo dando um pulo até lá.
Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=iuSLDwAAQBAJ&pg

01.   Apesar de ter como enfoque as características do Sertão de Confins, o narrador faz uma crítica política ao término de sua descrição. Explicite essa crítica.
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02.   Para apresentar o Sertão de Confins, o narrador faz uso de diferentes recursos linguísticos. Relacione o uso de diminutivos no terceiro parágrafo na descrição das lavouras.
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03.   A pontuação também é um recurso expressivo utilizado em alguns momentos do texto. Justifique o uso de reticências em “Dourados e matrinxãs, surubis e pacus, taguaras e piaus, jaús, pirás, corvinas...” (5º parágrafo)
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04.   Ao longo do texto, são usadas comparações que enriquecem a narrativa. Explique o sentido da expressão “a peixaria é um dilúvio”, presente no 5º parágrafo.
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05.   Durante a descrição, é possível percebermos os momentos em que o narrador expressa seus sentimentos e opiniões sobre o Sertão de Confins. Transcreva um trecho que comprove essa afirmativa.
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GABARITO

01.   No final da descrição, com o trecho “Esqueceram-no as geografias, esqueceram-no os governos”, percebemos que o narrador faz uma crítica às autoridades, que parecem menosprezar as belezas do Sertão de Confins.

02.   No terceiro parágrafo, o diminutivo é utilizado para indicar a pouca quantidade de produções nas lavouras do Sertão de Confins.

03.   As reticências trazem a ideia de continuidade, indicando que há grande número de espécies de peixes a serem encontradas durante a pesca.

04.   Ao comparar a pescaria a um dilúvio, o narrador sugere que há imensa fartura nessa área, já que dilúvio se refere a uma chuva de volume incontrolável.

05.   A opinião do narrador e seus sentimentos ficam evidenciados nos seguintes trechos:
- “As sucuris, essas, então, infestam as cabeceiras e brejos daqueles cafundós. Uma desgraça!”
- “Na pior das desgraças, são lá as suas oito ou dez curimatás de palmo e tanto”
- “Uma beleza, o Sertão dos Confins”
- “Isso, quando o pescador é azarado”


HABILIDADE DESENVOLVIDA (BNCC)

EF69LP47
Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico gramaticais próprios a cada gênero narrativo.