Tenho, até o presente, falado de
mudanças — tão comuns e tão diversas nos seres orgânicos reduzidos ao estado
doméstico e, em menor escala, naqueles que se encontram em estado selvagem —
como se elas fossem fortuitas. É, sem objeção, uma expressão muito incorreta;
talvez, contudo, seja suficiente para demonstrar a nossa total ignorância sobre
as razões de cada variação particular.
É difícil delimitar até que ponto a
alteração das condições — por exemplo, a alteração do clima, da alimentação,
etc. — atua de uma maneira definida. Há razão para se acreditar que, no decurso
do tempo, os efeitos destas alterações sejam tão marcantes que possam ser
provados por evidências claras. Contudo, podemos concluir, sem receio de
engano, que não se pode atribuir unicamente a uma tal causa atualmente as
adaptações de estrutura, tão numerosas e tão complicadas, que observamos na
natureza entre os diferentes seres orgânicos.
DARWIN, Charles. A origem das espécies.
Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., pp. 143-4
a) Reescreva o trecho “Os opostos não pertencem a diferentes categorias.”,
substituindo o verbo “pertencer” por “derivar”. Faça as modificações
necessárias.
b) Indique a palavra ou expressão a que se refere a última ocorrência de
“que” no texto.
2.
(Pucrj 2017) Mantendo o sentido dos trechos em destaque, reescreva-os atendendo ao
que é solicitado. Faça as modificações necessárias.
a) Inicie por “A interação”.
“Na concepção chinesa, todas as manifestações do tao são geradas
pela interação dinâmica desses dois polos arquetípicos.”
b) Proponha uma nova pontuação para o trecho abaixo, substituindo apenas
o sinal de ponto e vírgula e os travessões.
“A principal característica do tao é a natureza cíclica de seu
movimento incessante; a natureza, em todos os seus aspectos – tanto os do mundo
físico quanto os dos domínios psicológico e social –, exibe padrões cíclicos.”
3.
(Pucrj 2017) Tentação
Ela estava com soluço. E como se não
bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
Foi quando se aproximou a sua outra
metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu
no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de
um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era
um basset ruivo.
Que foi que se disseram? Não se sabe.
Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se
também que sem falar eles se pediam. Pediam-se com urgência, com encabulamento,
surpreendidos.
LISPECTOR, Clarice. A
legião estrangeira. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1964, p. 67-69
Em “Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia
tempo.” (3º parágrafo do conto Tentação),
a palavra “se” apresenta dois comportamentos distintos. Explique a diferença de
sentido entre eles.
4. (Pucrj 2017)
Explique a diferença de sentido entre as frases
abaixo:
i) Os homens sabidos diziam palavras difíceis a Fabiano.
ii) Os homens, sabidos, diziam palavras difíceis a Fabiano.
5. (Pucrj 2017)
O verbo haver apresenta
comportamentos distintos nas frases a seguir. Explique por quê.
i) Haviam escapado, e isto lhe parecia um milagre.
(2º parágrafo do Texto 2)
ii) Não havia paciência que suportasse tanta coisa.
(3º parágrafo do Texto 2)
6. (Pucrj 2016)
Retificação
As palmeiras derrubaram
para no lugar construírem uma autoestrada
O sabiá ganhou um festival nos idos de 68
mas está sendo rapidamente exterminado
ou anda preso em alguma gaiola
Uma oração empregada na ordem direta apresenta a seguinte estrutura:
sujeito – verbo – complementos – adjuntos. Observe os dois primeiros versos do
texto e verifique que a organização de uma das orações causa intencionalmente
certo estranhamento ao leitor. Explique em que consiste esse estranhamento.
7.
(Pucrj 2016)
O segundo aspecto é relativo à separação que se
verifica, no contexto contemporâneo, dos vínculos que pareciam indissoluvelmente
ligar sociedade e estado nacional. A relação identificatória entre estado-nação
e sociedade perdeu a obviedade e naturalidade, quando, no contexto da
globalização, tornaram-se manifestas diversas formas de socialidade
completamente desvinculadas do estado-nação: a “explosão” da complexidade
social, no momento em que outras agências de produção de significados (as
religiões, o mercado, a indústria cultural, etc.) competem com o estado-nação,
o que acaba por minar irreversivelmente sua centralidade e capacidade de integração
social.
LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Ficção
televisiva. Rio de Janeiro: Editora
PUC--Rio, 2010. p. 11-12.
Com relação ao trecho abaixo, faça o que é
solicitado a seguir.
A relação identificatória entre
estado-nação e sociedade perdeu a obviedade e naturalidade, quando, no contexto
da globalização, tornaram-se manifestas diversas formas de socialidade
completamente desvinculadas do estado-nação.
i)
Justifique o emprego da forma verbal “tornaram-se”
na 3ª pessoa do plural.
ii)
Reescreva o trecho, iniciando-o por “É
possível que”. Faça as modificações necessárias.
8.
(Pucrj 2016)
Benedict Anderson (1991) define a nação
como uma comunidade política imaginada, porque há uma espécie de ficção no
vínculo entre seus membros, que, em sua maioria, nunca estabelecerão qualquer contato,
mas cujo imaginário é de uma relação horizontal compartilhada.
Apesar de ser apenas uma entre muitas
possibilidades de se imaginar uma comunidade política, a nação se consolidou na
História como se não fosse uma construção social, mas um elemento natural de vínculo
entre os indivíduos.
Natio era a deusa da origem na Roma
Antiga, onde a palavra era usada para se referir a grupos unidos por laços culturais,
tradições e costumes, mas sem organização política (Habermas, 1998). A nação,
nesse sentido, é pré-política. Na era moderna, porém, o Estado territorial, de
fronteiras bem definidas e administração centralizada, tornou-se a estrutura
política que dá forma a uma memória supostamente atemporal. Na medida em que nação
e Estado se uniram como o principal modelo de organização política [...], o sentido
de nação se ampliou. 1Ela não significava mais apenas um grupo com
origens culturais comuns, mas também um conjunto de indivíduos sujeito às mesmas
regulamentações do Estado. A partir da Revolução Francesa, a nação, como define
Habermas, passou a ser a escora da soberania e também a base para a definição
dos deveres e direitos dos indivíduos do Estado: a cidadania.
Disponível em:
<http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/19264/19264_3.PDF>. p. 24-27.
Retire do terceiro parágrafo do texto o advérbio que revela ser hipotética
a falta de influência do tempo na memória.
9. (Pucrj 2016)
Comente as mudanças estruturais e semânticas decorrentes do emprego das
preposições nas frases abaixo:
Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida
ética.
Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis à vida
ética.
10.
(Pucrj 2016)
O exílio, uma experiência da
modernidade
A história da humanidade poderia
escrever-se a partir das estórias do exílio porque desde o início o homem tem
vivido em permanente opressão e fuga: fuga de si mesmo e dos outros. A
literatura sobre o exílio objetiva uma angústia e uma condição que a maioria
das pessoas raramente experimenta em primeira mão; “mas pensar que o exílio é
benéfico para essa literatura é banalizar suas mutilações, as perdas que
inflige aos que as sofrem [...]. Para autores como James Joyce, Ezra Pound,
Samuel Beckett ou Paul Bowles, o exílio sugere valores mais sedutores,
vinculados a estados da consciência, capazes de confirmar qualidades do
indivíduo cuja pureza só seria possível a partir de uma conquista solitária de
um espaço próprio. Nietzsche, Joseph Conrad, T.S. Eliot, Nabokov, ou Theodor W.
Adorno, porém, pertencem a outra tradição de autores que vê o exílio como
absoluta orfandade, fratura, trauma, solidão e silêncio. Nessa condição não
existe nada glorioso, nem romântico: o exílio é nossa maldição, nossa vocação existencial
e nossa natureza; é a representação de uma lei fundamental – a da
impossibilidade de comunicação entre quem quer que seja.
Texto adaptado de MONTAÑÉS, Amanda
Pérez. Vozes do exílio e suas manifestações. Florianópolis: UFSC, 2006.
p. 15-16.
a) Com relação ao trecho abaixo, faça o que é
pedido a seguir.
O exílio é – segundo Edward Said – uma
condição criada para negar a dignidade e a identidade das pessoas. Nesse
sentido o exílio não pode ser posto a serviço do humanismo.
I. Reescreva a primeira frase, usando, no lugar de para, a
expressão para que. Faça as modificações necessárias.
b) Identifique o referente da palavra sublinhada no trecho a seguir.
Nietzsche, Joseph Conrad, T.S. Eliot,
Nabokov, ou Theodor W. Adorno, porém, pertencem a outra tradição de autores que
vê o exílio como absoluta orfandade, fratura, trauma, solidão e silêncio.
11. (Pucrj 2015) Entrevistador: - Queria que você falasse um pouquinho sobre uma coisa que eu sei que
é muito importante pra você, a amizade.
Galeano: Sim, a amizade é uma forma de amor. E
como dizia pra você, acho que se exerce na base da honestidade, porque a outra
amizade, a amizade do “amo muito você” e “que lindo você é” não é a verdadeira
amizade. Os amigos, quando são amigos de verdade, dizem o que se deve dizer, e
isso diz respeito a processos coletivos também. Então, amizade às vezes é
difícil sobre essa base, porque atravessa períodos complicados. Mas quando a
gente ama de verdade, no amor, na amizade, ama as luzes e as sombras de cada
pessoa ou de cada lugar.
Trecho de entrevista dada pelo escritor uruguaio
Eduardo Galeano ao jornalista Eric Nepomuceno no programa Sangue Latino.
Transforme a fala do entrevistador em discurso indireto, fazendo
adaptações necessárias para que o trecho não fique repetitivo.
12.
(Pucrj 2015) A tarefa de desenvolver as capacidades intelectuais e morais do sujeito
universal, como condição de aprimoramento da personalidade do indivíduo,
juntamente com a inserção social e a reprodução dos conteúdos culturais da
tradição, formam o esteio da intencionalidade educativa moderna. A escola deve
assumir o compromisso com o desenvolvimento das estruturas mentais do sujeito
para que ele seja capaz de operar em níveis de abstração elevada. 1Essa
é uma condição necessária para que os processos de tomada de consciência
superem a racionalidade instrumental e habilitem o sujeito frente às
possibilidades da competência comunicativa.
Texto adaptado de LIMA, João Francisco
Lopes de. A reconstrução da tarefa educativa. Porto Alegre: Editora
Mediação, 2003, p. 103.
Reescreva o trecho a seguir sem a palavra que.
Faça as modificações necessárias.
“Essa é uma condição necessária para que os processos de tomada de
consciência superem a racionalidade instrumental e habilitem o sujeito frente
às possibilidades da competência comunicativa” (referência 1)
13.
(Pucrj 2015)
Ensinar exige rigorosidade metódica
O educador democrático não pode
negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do
educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é
trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar”
dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem nada que ver com
o discurso “bancário” meramente transferidor do perfil do objeto ou do
conteúdo. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no “tratamento”
do objeto ou do conteúdo superficialmente feito, mas se alonga à produção das
condições em que aprender criticamente é possível. E essas condições implicam
ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores,
inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes. Faz parte das
condições em que aprender criticamente é possível a pressuposição por parte dos
educandos de que o educador já teve ou continua tendo experiência da produção
de certos saberes e que estes não podem a eles, os educandos, ser simplesmente
transferidos. Pelo contrário, nas condições de verdadeira aprendizagem, os
educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da
reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do
processo. Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em que o objeto
ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto, aprendido pelos
educandos.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da
Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra,
2004, p. 26.
a) Reescreva a frase abaixo, empregando em outra posição o advérbio
sublinhado. Mantenha o sentido da frase original.
“Só assim podemos falar realmente de saber ensinado” (texto 1)
14. (Pucrj 2015) O uso da palavra amigo inicia aos
quatro anos de idade; melhor amigo, a partir da infância média e adolescência.
A amizade infantil caracteriza-se por afeto, divertimento e reciprocidades:
mútua consideração, cooperação, bom manejo de conflito, benefícios equivalentes
em trocas sociais; gostar um do outro, ou seja, desejar passar mais tempo na
companhia prazerosa um do outro. As amizades de crianças mais velhas e
adolescentes incluem lealdade, confiança e intimidade, requerem interesses
comuns e comprometimento, tanto para manter os amigos como para formar novas
amizades (Bukowski et al., 1996; Hartup, 1989).
Justifique o emprego da vírgula em “O uso da palavra amigo inicia aos
quatro anos de idade; melhor amigo, a partir da infância média e adolescência.”
15. (Pucrj 2015) A amizade, nos séculos XVIII e XIX, é
aceita, valorizada, mas não está em evidência. O amor, o casal e a família
ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a eles,
desempenhando muitas vezes papéis secundários. A amizade é alegria suplementar,
marca de uma eleição, não é uma instituição. Ela estabelece redes de
influência, inventa lugares de convivência e laços de resistência enquanto se
multiplicam para a maioria as oportunidades de encontros e de interações.
Todos a dizem essencial: na verdade, é “acessória”.
Seu exercício voluntário torna-lhe a existência mais frágil, mais submetida ao
acaso. Os valores da amizade parecem tanto mais invocados quanto mais outras
obrigações, outras injunções tendem a limitar de fato a possibilidade do seu
exercício.
VINCENT-BUFFAULT, Anne. Da amizade: uma história do
exercício da amizade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996. p.
9.
a) O texto revela o caráter secundário da
amizade nos séculos XVIII e XIX, o que fica explícito em “O amor, o casal e a
família ocupam o primeiro plano. As práticas de amizade acrescentam-se a eles,
desempenhando muitas vezes papéis secundários.” Transcreva do 2º parágrafo do
texto o adjetivo que reitera essa ideia.
b) Tendo em vista a regra básica de
concordância verbal, identifique o sujeito de “se multiplicam”, no último
período do 1º parágrafo do texto.
16. (Pucrj 2015)
Reescreva o texto abaixo, pontuando-o de acordo com as regras da norma
culta.
Segundo Einstein criador da teoria da
relatividade a imaginação é mais importante do que o conhecimento pois enquanto
este é limitado a imaginação dá volta ao mundo.
17. (Pucrj 2014)
Sem que haja alteração de sentido, reescreva o trecho abaixo, transcrito
do texto, observando o início proposto a seguir e fazendo as modificações
necessárias.
“E essa nossa perseguição incessante de
coisas que nos deixem felizes acaba aumentando as chances de transmitirmos
nossos genes.”
E
perseguimos________________________________________
18. (Pucrj 2014)
Sem que haja alteração de sentido, reescreva cada trecho abaixo,
observando o início proposto a seguir e fazendo as modificações necessárias.
Posso ser impedido de viajar ao
exterior por minha situação social.
Minha situação social________________________________________
19. (Pucrj 2014) Vagabundo
Eu durmo e vivo ao sol como um cigano,
Fumando meu cigarro vaporoso;
Nas noites de verão namoro estrelas;
Sou pobre, sou mendigo, e sou ditoso!
Não invejo ninguém, nem ouço a raiva
Nas cavernas do peito, sufocante,
Quando à noite na treva em mim se entornam
Os reflexos do baile fascinante.
AZEVEDO, Álvares de. In RAMOS,
Frederico José da Silva. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1959, p.266.
Passe para a ordem direta o seguinte trecho retirado do texto:
“... à noite na treva em mim se entornam os reflexos do baile
fascinante”
20. (Pucrj 2014)
Na linguagem oral informal, por vezes há um relaxamento da norma culta.
Determine qual, dentre os trechos abaixo, transcritos do Texto 2, apresenta um
desvio da norma culta e explique em que consiste o desvio.
i. “Preste atenção, minha flor, porque é da maior importância o que vou
lhe dizer.”
ii. “E seu chefe vai lhe avisar que pensou melhor e não vai mais lhe
despedir!”
21. (Pucrj 2013)
Espalham-se, por fim, as sombras da
noite.
No dia seguinte, quando aos clarões da
aurora acorda toda aquela esplêndida natureza, recomeça ele a caminhar, como na
véspera, como sempre.
Nada lhe parece mudado no firmamento: as nuvens de
si para si são as mesmas. 2Dá-lhe o Sol, quando muito, os pontos
cardeais, e a terra só lhe prende a atenção, quando algum sinal mais particular
pode servir-lhe de marco miliário na estrada que vai trilhando.
TAUNAY, Visconde de. Inocência.
Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000002.pdf>.
a) Com base na frase abaixo, extraída do texto 1,
determine a diferença que se estabelece entre os dois empregos da palavra se.
“E não importava se a viagem durasse semanas,
meses ou anos; interessava relatá-la e assim se inscrever na tradição do
gênero.”
b)
Com relação à passagem “Dá-lhe o
Sol, quando muito, os pontos cardeais, e a terra só lhe prende a atenção”
(Texto 2 – ref. 2), explique por que o verbo dar encontra-se flexionado
na 3ª pessoa do singular.
22. (Pucrj 2013)
Comprovando com dados do próprio
trecho, explique por que o verbo distinguir foi flexionado
na 3ª pessoa do plural em “a loucura é individualidade singular cujas
características próprias, a conduta, a linguagem, os gestos, distinguem-se uma
a uma daquilo que se pode encontrar no não-louco”.
23. (Pucrj 2013)
A palavra que apresenta comportamentos distintos nos
trechos em destaque. Estabeleça a diferença entre os dois empregos.
i. “essas
pessoas desfrutavam de uma “loucura divina”, que as elevava acima
dos mortais”
ii. “Isso
não quer dizer que a “imaginação” e o “gênio” visionário
estivessem em baixa em terrenos críticos.”
24. (Pucrj 2013)
A diferença de sentido entre as frases abaixo é decorrente da posição do
adjunto adverbial “durante muito tempo”. Justifique essa afirmativa,
explicitando a diferença.
i. “Apesar de consideradas pela crítica,
durante muito tempo, uma manifestação menor da literatura, as narrativas de
viagem viveram momentos de glória no passado.”
ii. Apesar de consideradas pela crítica uma
manifestação menor da literatura, as narrativas de viagem, durante muito tempo,
viveram momentos de glória no passado.
25. (Pucrj 2010)
Era um simples fabricante e vendedor de doces,
estimado, afreguesado, respeitado, e principalmente respeitador da ordem
pública...
- Mas o que é que há? perguntou Aires.
- A república está proclamada.
- Já há governo?
- Penso que já; mas diga-me V. Ex.a:
ouviu alguém acusar-me jamais de atacar o governo?
Ninguém. Entretanto... Uma fatalidade! Venha em meu socorro.
Excelentíssimo. Ajude-me a sair deste embaraço. A tabuleta está pronta, o nome
todo pintado. – “Confeitaria do Império”, a tinta é viva e bonita. O
pintor teima em que lhe pague o trabalho, para então fazer outro. Eu, se a obra
não estivesse acabada, mudava de título, por mais que me custasse, mas hei de
perder o dinheiro que gastei? V. Ex.a crê que, se ficar “Império”,
venham quebrar-me as vidraças?
- Isso não sei.
- Realmente, não há motivo; é o nome da casa, nome
de trinta anos, ninguém a conhece de outro modo.
- Mas pode pôr “Confeitaria da República”...
[ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. In: Obra
Completa. vol. 3. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1975, p.1028-1029.]
Passe para o discurso indireto a fala de Custódio:
– Realmente, não há
motivo; é o nome da casa, nome de trinta anos, ninguém a conhece de outro modo.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
a) O verbo “derivar” exige a preposição “de”, assim temos: Os opostos não
derivam de diferentes categorias.
b) Na última ocorrência de “que”, vemos que “que” se refere à expressão
“as adaptações de estrutura”, uma vez que são as adaptações de estrutura que
observamos na natureza entre os diferentes seres orgânicos.
Resposta da questão 2:
O ponto e
vírgula pode ser substituído por um ponto final, indicando o fim de uma ideia e
início de outra, agora em novo período. Os travessões cumprem a função de
agregar uma informação, assim como os parênteses. Dessa forma, pode-se reescrever
assim: “A principal característica do tao é a
natureza cíclica de seu movimento incessante. A natureza, em todos os seus
aspectos (tanto os do mundo físico quanto os dos domínios psicológico e
social), exibe padrões cíclicos.”
Resposta da questão 3:
No primeiro
caso, “se” é um índice de indeterminação do sujeito, tornando o sujeito da ação
indefinido. Já no segundo caso, “se” é um pronome reflexivo, indicando
reciprocidade na ação de comunicar.
Resposta da questão 4:
Em [I], “sabidos” restringe o grupo de homens
àqueles que são sabidos. Já em [II], “sabidos” cumpre a função de explicar como
são os homens, acrescentando uma característica a eles.
Resposta da questão 5:
Em [I], vemos o verbo “haver” na
acepção de “ter” (“tinham escapado”) e compondo uma locução verbal com o verbo
“escapar”, por isso, ele é pessoal e flexiona-se para concordar com o sujeito.
Já em [II], vemos o verbo “haver” impessoal e na acepção de “existir”.
Resposta da questão 6:
Escritos em ordem direta, os versos formariam o seguinte período:
Derrubaram as palmeiras / para no lugar construírem uma autoestrada.
O estranhamento ao leitor é causado
pela anteposição do objeto direto (palmeira) em relação ao verbo (derrubar),
uma vez que o sujeito de tal verbo é indeterminado, portanto está conjugado na
3ª pessoa do plural. Vale notar que a construção que causa estranhamento no
leitor apresenta razão de ser: ela reflete o estranhamento do próprio eu lírico
frente à sua terra.
Resposta da questão 7:
Ela concorda com o sujeito “diversas formas de socialidade”, cujo núcleo
(formas) está no plural. Isto ocorre porque o verbo “tornar-se” é classificado
como transitivo direto, o qual, quando empregado na voz passiva sintética, deve
concordar com o sujeito.
Resposta da questão 8:
Supostamente
Resposta da questão 9:
Na primeira frase, a preposição
introduz um termo que se encontra ligado ao substantivo condições, estabelecendo
entre ele e vida ética a relação de pertença. Na segunda frase, a preposição
introduz o complemento do adjetivo indispensáveis, denotando alvo.
Resposta da questão 10:
O pronome relativo que tem como referente a expressão “tradição de
autores”.
Resposta da questão 11:
O entrevistador pediu para que Galeano
falasse um pouquinho sobre uma coisa muito importante para o entrevistado: a
amizade.
Resposta da questão 12:
Essa é uma condição necessária para os processos de tomada de consciência
superarem a racionalidade instrumental e habilitarem o sujeito frente às
possibilidades da competência comunicativa.
Resposta da questão 13:
Só assim podemos realmente falar de saber
ensinado.
Resposta da questão 14:
O uso da vírgula serve para indicar a
elipse do verbo iniciar.
Resposta da questão 15:
a) O adjetivo é a palavra “acessória”.
b) O sujeito é “oportunidades de encontros e de
interações.”
Resposta da questão 16:
Segundo Einstein, criador da teoria da
relatividade, a imaginação é mais importante do que o conhecimento, pois,
enquanto este é limitado, a imaginação dá volta ao mundo.
Resposta da questão 17:
E perseguimos incessantemente as coisas
que nos deixem felizes, o que acaba aumentando as chances de transmitirmos
nossos genes.
Resposta da questão 18:
Não bastava que eu vivesse num país onde houvesse
liberdade de viajar ao exterior para poder fazê-lo, mesmo se eu quisesse.
Resposta da questão 19:
Os reflexos do baile fascinante se entornam em mim
à noite na treva.
Resposta da questão 20:
A frase apresenta um desvio da norma
culta no segundo emprego do pronome lhe. O verbo “despedir” é transitivo
direto e o seu complemento – o objeto direto – não necessita de preposição.
Como o pronome lhe implica a existência da preposição a ou para,
é inadequado empregá-lo na função de objeto direto.
Resposta da questão 21:
a) No seu primeiro emprego a palavra se é conjunção
integrante, introduz uma oração subordinada substantiva e traz o sentido de
possibilidade. No segundo emprego, a palavra se é pronome pessoal
oblíquo com valor reflexivo.
b) O verbo encontra-se na 3ª pessoa do singular para concordar com o
sujeito “o Sol”.
Resposta da questão 22:
O verbo está concordando com características
próprias.
Resposta da questão 23:
a) Em i, a palavra que é um pronome
relativo – introduz a oração adjetiva e substitui “loucura divina” nessa oração. Em ii, a palavra que é
uma conjunção integrante - serve como elo sintático, ligando as orações.
b) O Iluminismo endossou a fé na razão. Durante a segunda metade do século
XVII, efetuaram-se críticas, condenações e massacres a qualquer
coisa que fosse considerada irracional.
Resposta da questão 24:
Em i, o adjunto adverbial incide sobre o verbo considerar e,
em ii, modifica o verbo viver.
Resposta da questão 25:
Custódio disse que não havia realmente motivo, argumentando que aquele
era o nome da casa, um nome de trinta anos, e que ninguém a conhecia de outro
modo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário