sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Escrevendo um diário

 O QUE É UM DIÁRIO?

O diário tem a finalidade de narrar (contar) os fatos ocorridos durante o dia da pessoa que escreve. É um registro individual, escrito para que apenas a própria pessoa leia, como se fosse uma confidência.  Como é uma escrita sobre si mesmo, o diário é redigido, predominantemente, em primeira pessoa (eu).

Em uma página de diário, também é comum a presença de data no início do texto para que fique registrado quando os fatos ocorreram.

O diário é visto como um grande amigo pelo seu autor, já que é onde ele pode contar todos os seus segredos de forma segura. Por isso, pode haver uma interlocução com o próprio diário, falando e fazendo perguntas para ele, como se fosse, de fato, uma pessoa de confiança. É daí que vem o tão famoso “Querido diário”.


ESCREVENDO UM DIÁRIO

O tema da discriminação racial e social tem circulado na mídia atualmente devido a notícias de violência contra um grupo específico de pessoas, especialmente moradores negros de periferias.

                É possível encontrarmos diários em que autores negros contam os casos de discriminação racial e social que vivenciaram durante sua trajetória. Um exemplo disso é o livro “Quarto de despejo – diário de uma favelada”, escrito por Carolina Maria de Jesus.

                Infelizmente, a discriminação racial e social pode estar presente dentro de nossa própria família ou em nosso grupo de amigos. Você já sofreu esse tipo de discriminação ou conhece alguém que já tenha passado por isso?

                Escreva uma página de diário, com 25 a 30 linhas, contando sobre sua experiência. Depois de escrito, você pode divulgar o seu texto e conscientizar várias pessoas sobre a importância desse tema. Será uma ótima iniciativa!

Boa escrita!




HABILIDADES BNCC

(EF03LP12) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP13) Planejar e produzir cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções dos gêneros carta e diário e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

(EF03LP17) Identificar e reproduzir, em gêneros epistolares e diários, a formatação própria desses textos (relatos de acontecimentos, expressão de vivências, emoções, opiniões ou críticas) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (data, saudação, corpo do texto, despedida, assinatura).


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Outubro Rosa - Campanha publicitária

 Leia a campanha abaixo e responda às questões a seguir:

https://noticias.grupomulheresdobrasil.org.br/sao-paulo/outubro-rosa-conscientizar-para-prevenir/

 

01.   Indique a quem está destinada a campanha publicitária acima.

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 02.   Explicite os elementos gráficos responsáveis pela identificação do público-alvo da campanha.

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 03.   Explique a frase “Cada mulher conta”.

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 04.   Identifique o referente do pronome “dela” na campanha.

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 05.   Justifique o uso dos verbos “faça” e “consulte” no modo imperativo.

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 GABARITO

 01.   A campanha está destinada às mulheres.

 02.   A cor rosa e a flor, geralmente associadas às mulheres, contribuem para a identificação do público-alvo da campanha, além da presença do rosto de uma mulher.

 03.   A frase indica que cada mulher que cuida de sua saúde é importante.

 04.   O referente é “sua saúde”.

 05.   Os verbos “faça” e “consulte” estão no modo imperativo por indicar conselho, pedido.



HABILIDADES BNCC

(EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.

(EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor.

(EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc.

(EF67LP08) Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de figura/fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou oposição) etc. em notícias, reportagens, fotorreportagens, foto-denúncias, memes, gifs, anúncios publicitários e propagandas publicados em jornais, revistas, sites na internet etc.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Acento gráfico em palavras oxítonas terminadas em “-a”, “-e”, “-o”

 Escrever palavras seguindo normas estabelecidas pela gramática é de extrema importância em nosso cotidiano, pois essa habilidade nos é exigida em diversos contextos formais.

Nesta aula, você verá as regras de acentuação em palavras oxítonas. Oxítonas são as palavras que tem a última sílaba pronunciada de maneira mais forte do que as demais (sílaba tônica).

São acentuadas todas as palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.


EXERCÍCIOS

Leia a tirinha abaixo e responda às questões a seguir.

Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/143274666699/tirinha-original


01.   Na tirinha acima, há um conflito entre Armandinho e sua mãe. Explicite esse conflito.

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 02.   Explique o uso do ponto de exclamação no segundo e terceiro quadrinhos.

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 03.   Explique o uso de acento na palavra “café”.

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 04.   Caso a palavra café estivesse no plural, ela continuaria sendo acentuada? Justifique sua resposta.

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 05.   A palavra “comer” também é oxítona. Porém, não recebe acento. Explique por que isso ocorre.

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GABARITO


01.   O conflito está na discordância entre mãe e filho quanto ao alimento adequado para ser consumido no café da manhã.

 02.   Nos dois parágrafos, o ponto de exclamação expressa os sentimentos de Armandinho e sua mãe.

 03.   A palavra “café” está acentuada por ser oxítona terminada em “e”.

 04.   Sim, porque a presença da letra “s” no final da palavra “cafés” não altera a regra de acentuação.

 05.   Embora a palavra “comer” seja oxítona, não recebe acento porque não termina em “a”, “e” ou “o”.



HABILIDADES BNCC

(EF03LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em monossílabos tônicos terminados em a, e, o e em palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.

(EF04LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em paroxítonas terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).

(EF05LP03) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

sábado, 5 de junho de 2021

Acento gráfico em monossílabos tônicos terminados em a, e, o

 Escrever palavras seguindo normas estabelecidas pela gramática é de extrema importância em nosso cotidiano, pois essa habilidade nos é exigida em diversos contextos formais.

Nesta aula, você verá as regras de acentuação em monossílabos tônicos. Monossílabos são as palavras com apenas uma sílaba, podendo ser pronunciados de forma mais fraca, com sentido dependente da palavra que o acompanha (monossílabo átono), ou forte, com sentido próprio (monossílabo tônico).

São acentuados todos os monossílabos tônicos terminados em a, e, o, seguidos ou não de s.

 

EXERCÍCIOS

 

Leia o texto abaixo e responda às questões a seguir.

 

                                                 Um mar sem fim

 não tem

ar
nem pés
nem céu
é
só um mar
sem sal
nem
pôr
do
sol
que cai
em mim

um mar
de dor
e fé
que vai
de cá           pra lá
sem pé
sem ar
sem céu
e não tem
fim

Disponível em: http://belgavista.blogspot.com/2012/01/um-mar-sem-fim.html

 

01.   A partir da leitura do texto, explique o título do poema.

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02.   Relacione o espaço presente no verso “de cá        pra lá” ao tema do poema.

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03.   No título do texto, há quatro monossílabos, mas nenhum deles recebe acento. Explique por que isso ocorre.

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04.   Explique a presença de acento em “só”, “fé”, “cá”, “lá” e “pé”.

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05.   Se as palavras “só” e “pé” estivessem no plural, o acento permaneceria? Justifique sua resposta.

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GABARITO

 

01.   O título do poema fala sobre a infinitude do mar, o que é comprovado ao longo do texto, em que é destacada a sua imensidão.

 02.   O espaço presente no verso representa o movimento de ir e vir das ondas do mar.

 03.   Apesar de serem monossílabos, as palavras do título não recebem acento porque não terminam em a, e ou o.

04.   As palavras indicadas recebem acento por serem monossílabos tônicos terminados em a (cá, lá), e (fé, pé), o (só).

 05.   Sim, o acento permaneceria em sós e pés porque a presença da letra “s” no final dos monossílabos tônicos não altera a regra de acentuação.


HABILIDADES BNCC

(EF03LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em monossílabos tônicos terminados em a, e, o e em palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s

(EF04LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em paroxítonas terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s).

(EF05LP03) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

 


quinta-feira, 20 de maio de 2021

Classificação das palavras quanto à sílaba tônica

 Toda palavra possui uma sílaba que recebe destaque durante a fala, sendo pronunciada mais alto e com mais força do que as demais. Essa sílaba é chamada de tônica. As outras sílabas, pronunciadas com menor força e intensidade, são chamadas de átonas.

De acordo com o posicionamento da sílaba tônica, a palavra pode ser oxítona, paroxítona ou proparoxítona. Ela é oxítona quando a última sílaba é a tônica (exemplo:: arroz, café, macarrão). É paroxítona quando a sílaba tônica é a penúltima (exemplos: amigo, azeitona, frágil). Quando a sílaba tônica é a antepenúltima, é chamada proparoxítona (exemplos: médico, simpático, ótimo).


EXERCÍCIOS


Leia a tirinha abaixo e responda às questões a seguir.


01.   Segundo o personagem, qual é o critério para que o lixo se transforme em combustível?

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02.   O humor do texto está baseado na duplicidade de sentido existente na expressão “movimentar o veículo”. Explicite os dois sentidos possíveis.

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03.   Considerando a imagem presente no último quadrinho, podemos afirmar que o personagem cumpriu a promessa de movimentar um veículo colocando fogo no lixo? Justifique sua resposta.

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04.   Retire do texto exemplos de palavras oxítonas e paroxítonas.

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05.   Explique por que a palavra “veículo” é classificada como proparoxítona.

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 GABARITO

01.   Segundo o personagem, para o lixo se transformar em combustível, basta que ele passe pelo processo certo.

 02.   “Movimentar o veículo” traz o sentido de movimentação do próprio veículo e o de fazer com que outro veículo se movimente em sua direção.

 03.    Sim. Apesar de não ter movimentado usando o lixo como combustível, houve a movimentação de um veículo ao queimar o lixo.

04.   Os exemplos de palavras oxítonas são: quiser, passar, aqui, movimentar.

Os exemplos de palavras paroxítonas são: acredite, lixo, pode, reciclado, aproveitado, como, combustível, processo, certo, este.

 05.   A palavra “veículo” é proparoxítona porque sua antepenúltima sílaba é tônica: ve – í  – cu – lo.



HABILIDADES BNCC

(EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas.

(EF02LP02) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras.

(EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita.

(EF03LP05) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as em monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas.

(EF03LP06) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas





Classificação de palavras quanto ao número de sílabas

 Em Língua Portuguesa, as palavras são divididas em sílabas que tem como base uma vogal. Separamos as sílabas considerando a pronúncia das palavras, pois sílaba é um grupo de fonemas pronunciado separadamente, em uma única emissão de voz.

                Dependendo do número de sílabas, as palavras são classificadas em monossílabas, dissílabas, trissílabas ou polissílabas. O nome de cada classificação já nos ajuda a entender o que ela representa. As monossílabas possuem uma única sílaba (exemplos: flor, céu, bom). As dissílabas possuem duas sílabas (exemplos: gato, nariz, vaso). As trissílabas, três sílabas (exemplos: macaco, pipoca, óculos) e as polissílabas, quatro sílabas ou mais (exemplos: borboleta, hipopótamo, paralelepípedo).

 

 EXERCÍCIOS

 Leia a tirinha abaixo e responda às questões a seguir.

Disponível em: https://br.pinterest.com/helikapollyanna/textos-e-produ%C3%A7%C3%B5es/

 

01.   Justifique a atitude do pai de Mafalda nos três primeiros quadrinhos.

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02.   Explique o estranhamento de Mafalda diante da atitude de seu pai.

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03.   Retire do texto exemplos de palavras monossílabas, dissílabas e trissílabas.

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04.   Explique por que a palavra “dicionário” é polissílaba.

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GABARITO

01.   Nos três primeiros quadrinhos, o pai de Mafalda pega um dicionário, provavelmente, para consultar o sentido de uma palavra.

 02.   Para Mafalda, a atitude do pai é estranha porque ela esperava a leitura completa do livro.

 03.   Exemplos de palavras monossílabas: vai, de, ler, um, tão;

Exemplos de palavras dissílabas: desse, jeito, você, nunca, grosso;

Exemplo de palavra trissílaba: terminar.

 04.   A palavra “dicionário” é considerada polissílaba por conter quatro sílabas: di – cio – ná – rio.



HABILIDADES BNCC

(EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas.

(EF02LP02) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras.

(EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita.

(EF03LP05) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as em monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas.

(EF03LP06) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Concordância verbal: sujeito composto (Exercícios)


Leia o texto abaixo e responda às questões a seguir:

 

Chespirito, o homem que descobriu como fazer um continente inteiro sorrir

Por Elder Dias

Quando, no fim da tarde da sexta-feira, 28 de dezembro de 2014, a morte do mexicano Roberto Gómez Bolaños foi anunciada, pensaram que era outra piada envolvendo Chespirito. O ícone da comédia latino-americana já tinha sido alvo de inúmeros alarmes falsos da mesma notícia, mas desta vez não era mais uma pegadinha: havia procedências. O ator, roteirista e diretor morreu em sua casa, na turística Cancún, onde ultimamente ficava na cama praticamente 24 horas por dia, em um estado de saúde já decadente.

Chespirito criou um mundo inteiro dentro de um cortiço. A famosa vila do seriado comportava sentimentos universais que seus personagens despejavam em quem assistia a cada capítulo. Era um discurso fácil, leve, por vezes erroneamente confundido com raso. Se fosse assim, não duraria 40 anos. A profundidade do personagem que morava dentro do barril envolvia algo do inconsciente dos habitantes de uma América Latina sofrida. Em poucos anos, a turma da vila se afamava em toda a terra que falava espanhol do México abaixo.

Pela figura simbólica que representava, a morte de Chespirito parou o México. Nos sites dos principais jornais mexicanos, inclusive os de esportes, a capa era a mesma: Bolaños e seus personagens, Chaves e seus vizinhos, Chapolin e seus adversários. A rede Televisa dedicou-lhe toda a programação a partir do momento de sua morte — à semelhança do que ocorre também no Brasil com personalidades de extrema repercussão. O presidente do México, Enrique Peña Nieto, postou em sua conta no Twitter, imediatamente após saber da morte do criador de Chaves: “Lamento profundamente o falecimento de dom Roberto Gómez Bolaños, o Ches­pirito. Minhas condolências a sua família. O México perdeu um ícone, cujo trabalho transcendeu gerações e fronteiras.”

Não há exagero em fazer uma ponte entre Charles Chaplin e Chespirito — alcunha equivalente a “pequeno Shakespeare”, dada pelo cineasta Agustín P. Delgado, em referência a sua pequena estatura (1,60 metro) e em alusão também ao enorme talento. Assim como Chico Anysio deve ser reverenciado no Brasil como um grande criador de memoráveis personagens (mais de 160), Bolaños representa algo nesses moldes — em maior escala, pelo alcance que conseguiu obter — para o mundo hispânico.

           O Carlitos de Chaplin era uma espécie de anti-herói, um palhaço que dispersava densidade dentro de um humor que resvalava a melancolia. Chaves e Chapolin seguiam, de certa forma, essa receita: “El Chavo del Ocho”, o garoto do barril era o retrato irônico de uma infância perdida, mas que não se rendia; e o herói trapalhão vestido de vermelho com antenas e uma marreta satirizava o modelo que os vizinhos norte-americanos sempre tentaram impor, como instrumentação acessória de ideologia, principalmente no auge da guerra fria. Em Chaves e Chapolin, bem como em todas as criações de Chespirito, não havia nada de messiânico: tudo exalava sempre a fragrância mais genuína do ser humano.

Por ser tão próxima da realidade, a vila de Chaves guarda um contraponto com o ideal que se busca na cinematografia: cenários perfeitos, limpos, assépticos. No universo do protagonista se desenvolvia o caos, a ponto de ele ter preferência por viver dentro de um barril e sobreviver de migalhas e ingênuas malandragens; tinha um amiguinho mimado (Kiko) com uma mãe que era viúva histérica (Dona Florinda) e que vivia um romance água-com-açúcar com um professor canastrão (Jirafales); no outro barraco, um eterno desempregado (Seu Madruga), também viúvo, que criava uma menina esperta e geniosa (Chiquinha) e arranjava todas as formas para burlar o pagamento do aluguel ao dono do cortiço (Senhor Barriga); a última casa era o espaço do imponderável, o mágico e o assustador, na pele da Srta. Clotilde, a Bruxa do 71.

Um mundo ao mesmo tempo fantástico e tangível, em que habitavam os absurdos, mas também as esperanças. Chespirito conseguiu traduzir, num set precário de um estúdio de TV, as emoções, ironias e dramas que envolvem toda pessoa.

Disponível em: http://www.jornalopcao.com.br/nteiro-sorrir-21941/

 

 01.   Identifique o sujeito do verbo destacado em “O ator, roteirista e diretor morreu em sua casa”.

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 02.   Costuma-se definir “núcleo” como a palavra “mais significativa” de um sintagma. Considerando a importância de Roberto Bolaños sinalizada pelo autor, indique o(s) núcleo(s) do sujeito identificado na questão anterior.

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 03.   Sabe-se que, geralmente, os processadores de texto tem um sistema de correção automática ou de sinalização de desvios ortográficos. Em orações como a sublinhada, é comum que se sugira o verbo no plural (“morreram”) como o adequado. Explique por que isso ocorre.

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 04.   Justifique o uso do plural no verbo destacado em:Chaves e Chapolin seguiam, de certa forma, essa receita”.

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 05.   A partir das informações presentes no texto, justifique a afirmativa de que “tudo exalava sempre a fragrância mais genuína do ser humano”, presente no 5º parágrafo.

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 GABARITO

 01.   O sujeito do verbo “morreu” é “O ator, roteirista e diretor”.

 02.   Os núcleos do sujeito são “ator”, “roteirista” e “diretor”.

03.   Isso ocorre porque o sujeito é considerado composto por possuir mais de um núcleo, mesmo que todos possuam o mesmo referente (Roberto Bolaños).

04.   O verbo “seguiam” está no plural por estabelecer concordância com o sujeito composto “Chaves e Chapolin”.

05.   Essa afirmação sintetiza a simplicidade de Roberto Bolaños na criação  e interpretação de seus personagens.



HABILIDADES BNCC

(EF04LP06) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal).

(EF06LP06) Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto).


Concordância verbal: sujeito simples (Exercícios)

 Conversar pressupõe um diálogo produtivo entre as pessoas. Significa dizer que conversar é um processo cooperativo entre interlocutores. Leia o texto abaixo, que representa uma conversa.


01.   Identifique a crítica presente na tirinha.

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 02.   Explique por que Mafalda considera as conversas da escola como literárias.

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03.   No trecho “a gente pode ter conversas literárias”, substituindo-se o sujeito por outro de primeira pessoa do plural, no tempo pretérito perfeito, o resultado é o seguinte:

a) podemos ter conversas literárias

b) podíamos ter conversas literárias

c) poderíamos ter conversas literárias

d) pudemos ter conversas literárias

e) pudéssemos ter conversas literárias

 

04.   Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma verbal está errada:

a) Existem na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem.

b) Podem provocar sérias lesões hepáticas, os defensivos agrícolas à base de DDT.

c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos.

d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas clorados.

e) Possuem elevado grau de toxidade os defensivos do tipo fosforado.

 05. A ocorrência de interferências ___ -nos a concluir que ___ uma relação profunda entre homem e sociedade que os ___ mutuamente dependentes.

a) leva, existe, torna

b) levam, existe, tornam

c) levam, existem, tornam

d) levam, existem, torna

e) leva, existem, tornam

 

 

 GABARITO

01.   A tirinha critica a presença de frases aleatórias durante o processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa.

 02.   Como são conversas não utilizadas no cotidiano, mas apenas na escola, Mafalda as compreende como frases literárias, incomuns.

03.   D

 04.   A

 05.   A

 

Exercícios disponíveis em: https://www.todamateria.com.br/exercicios-de-concordancia-verbal/. Adaptado.


HABILIDADES BNCC

(EF04LP06) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal).

(EF06LP06) Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal (relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto).



sexta-feira, 5 de março de 2021

As versões de um conto

 Como o conto tem uma origem popular, é muito comum se ter diferentes adaptações de um mesmo texto. Essas adaptações podem ser em relação aos personagens e ao lugar da história. Em alguns casos, o final também é totalmente modificado, se tornando inesperado.

 Embora o conto tenha como característica uma escrita em prosa, também é possível até uma alteração no formato do texto, sendo narrado em cordel ou em poesia. Porém, o mais comum é que seja mantida a escrita em prosa mesmo. O importante é continuar encantando a todos em seus mais variados formatos e versões.


EXERCÍCIOS

 Leia o conto abaixo e responda às questões a seguir.

 O outro príncipe sapo

Era uma vez um sapo.

Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu uma linda princesa descansando à beirado lago. O sapo pulou dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por cima das plantas aquáticas.

“Perdão, ó linda princesa”, disse ele com sua voz mais triste e patética. “Será que eu poderia contar com a vossa ajuda?”

A princesa estava prestes a dar um salto e sair correndo, mas ficou com pena daquele sapo com sua voz tão triste e patética.

Assim, ela perguntou: “O que fazer para te ajudar, sapinho?”.

“Bem”, disse o sapo. “Na verdade, eu não sou um sapo, mas um belo príncipe transformado em sapo pelo feitiço de uma bruxa malvada. E esse feitiço só pode ser quebrado pelo beijo de uma linda princesa.”

A princesa pensou um pouco, depois ergueu o sapo nas mãos e lhe deu um beijo.

“Foi só uma brincadeira”, disse o sapo.

Pulou de volta no lago, e a princesa enxugou a baba do sapo dos seus lindos lábios. Fim.

 SCIESZKA, Jon & SMITH, Lane. O patinho realmente feio e outras histórias malucas. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1997.

 

01.   O texto acima é uma adaptação de um famoso conto infantil. Identifique-o.

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 02.   Indique as adaptações realizadas entre o conto original e o “O outro príncipe sapo”.

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 03.   Explique por que o final do conto é considerado surpreendente.

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 04.   Justifique o uso das aspas ao longo do texto.

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 05.   Identifique as características que definem o texto “O outro príncipe sapo” como um conto.

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 GABARITO

 01.   O conto infantil é “A princesa e o sapo”.

 02.   Há os mesmos personagens, com a diferença de que o sapo não é, de fato, um príncipe encantado como na história original.

03.   O final é surpreendente porque, considerando o texto original, era esperado que o príncipe se transformasse em sapo.

04.   As aspas são utilizadas ao longo do texto para representar as falas da princesa e do sapo.

 05.   Sabemos que o texto é um conto por ser ficcional e conter narrador, personagens e marcações de tempo e lugar.


HABILIDADES BNCC

(EI03EF05) Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba.

(EI01EF08) Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.).

(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances infantojuvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto.

(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.