É importante saber diferenciar fonologia, morfologia, sintaxe e semântica para compreendermos o comando de determinadas questões e, assim, resolvê-las corretamente. Os exercícios abaixo são ótimos exemplos dessa importância.
Texto para as questões 01 e 02
O assassino era o escriba
Meu professor de análise sintática era o
tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjunção.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido na sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjunção.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido na sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
Paulo Leminski
01.
(Mackenzie - Adaptada) Sobre o texto de Paulo
Leminski, podemos afirmar que:
a) a terminologia sintática e morfológica, que em
um primeiro momento é motivo de estranhamento, concede o efeito de humor ao
poema.
b) o eu lírico demonstra por meio da composição de
texto pessoal e confessional o seu desconhecimento gramatical.
c) o texto é estruturado em forma de poema, mas em
função de sua organização gráfica, métrica e rítmica é considerado uma
narrativa policial.
d) entre os versos 01 e 07, o leitor toma
consciência de todos os fracassos que compuseram a vida do professor.
e) o título do texto é ambíguo por apresentar, por
uma semelhança fonética, a aproximação entre a palavra “assassino” e “sintaxe”.
02.
Indique os elementos, mencionados no texto, que
pertencem à morfologia:
a) sujeito – conectivo.
b) oração subordinada - adjunto adverbial.
c) artigo – pronome.
d) predicado – interjeição.
e) pleonasmo – regência.
03.
(ENEM) [Em Portugal], você poderá ter alguns
probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da
língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os
fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se
assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) (Ruy
Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)
O
texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto:
a) ao vocabulário.
b) à morfologia.
c) à pronúncia.
d) ao gênero.
e) à sintaxe.
Descrição de gravura
Reinaldo Jardim
Reinaldo Jardim
Eu vejo uma gravura, grande e rasa.
No primeiro plano, uma casa.
À direita da casa, outra casa.
À esquerda da casa, outra casa.
Lá no fundo da casa,outra casa.
Em frente da casa, uma vala:
Onde corre a lama, doutra casa.
E no chão da casa,outra vala
Onde corre o esgoto doutra casa.
Esta casa que eu vejo, não se casa
Com o que chamamos de uma casa.
Pois as paredes são esburacadas,
Onde passam aranhas e baratas.
04.
(G1 - cftrj 2014) O texto é marcado pelo recurso da repetição,
que se verifica em diferentes níveis: fonético, sintático, rítmico e vocabular.
Nos versos de 2 a 11, a repetição vocabular produz um efeito semântico que:
a) critica a presença de construções evasivas.
b) evidencia o sofrimento cotidiano dos
moradores.
c) torna mais vívida a imagem construída no
poema.
d) cria uma imagem confusa das construções
descritas.
e) intensifica gradativamente o efeito de
aglomeração.
05.
(Enem
2ª aplicação 2010) Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou
ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos,
onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que
todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as
notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará,
Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a
gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece
impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo
de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm
uns tês doces, quase um the; já
nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au
ou eu de todos os
terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já
os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava,
afetuosamente, de Raquer.
Queiroz,
R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística
que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características
regionais exploradas no texto manifestam-se
a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.
06.
O efeito de sentido da charge é provocado pela
combinação de informações visuais e recursos linguísticos. A crítica social
apresentada se faz, principalmente, a partir do uso de estratégias relacionadas
à
a) morfologia, ao utilizar classes gramaticais
distintas para explicitar a diferença social entre os personagens.
b) fonologia, ao contrapor diferentes realidades a
partir de palavras semelhantes quanto à sonoridade.
c) sintaxe, ao mostrar que os personagens da charge
possuem sotaques e condições sociais distintos.
d) morfossintaxe, ao relacionar termos que exercem
funções diferentes a depender da pronúncia das mesmos.
e) semântica, ao apresentar palavras que não
possuem sentido definido no contexto em que se apresentam.
07.
(Ufrj
2008)
Flagra
Rita Lee &
Roberto de Carvalho
No escurinho do cinema
Chupando drops de aniz
Longe de qualquer problema
Perto de um final feliz
Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck
Não vou bancar o santinho
Minha garota é Mae West
Eu sou o Sheik Valentino
Mas de repente o filme pifou
E a turma toda logo vaiou
Acenderam as luzes, cruzes!
Que flagra!
Que flagra!
Que flagra!
No texto, a pronúncia dos nomes de atores
célebres do cinema americano no 50 verso leva a um criativo efeito
cômico.
a)
Explique
esse efeito, valendo-se de elementos fônicos e morfossintáticos.
b)
Identifique,
no plano vocabular, a relação semântica entre o 50 e o 60
versos.
__________________________________
GABARITO
01. A
02. C
03. A
04. E
05. A
06. B
07. a) O efeito cômico existe quando se percebe a semelhança sonora entre "Kerr" e "Peck" e "quer" e "peque". Isso resulta na alteração de classe gramatical - de substantivo (próprio) a verbo - e, conseqüentemente, de função sintática.
b) As palavras "peque" e "santinho" passam a integrar o mesmo campo semântico, ao observarmos que há uma relação de contraste entre pecado e santidade.
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GABARITO
01. A
02. C
03. A
04. E
05. A
06. B
07. a) O efeito cômico existe quando se percebe a semelhança sonora entre "Kerr" e "Peck" e "quer" e "peque". Isso resulta na alteração de classe gramatical - de substantivo (próprio) a verbo - e, conseqüentemente, de função sintática.
b) As palavras "peque" e "santinho" passam a integrar o mesmo campo semântico, ao observarmos que há uma relação de contraste entre pecado e santidade.
gostei bastante de seu trabalho!!! Parabéns
ResponderExcluirObrigada!!
Excluirtoppppppp
ResponderExcluirObrigada!!
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