segunda-feira, 28 de maio de 2018

Adjunto adnominal, complemento nominal e predicativo - Questões de Vestibular

01. (Eear 2017)  Leia:

I. Lembrou-se da pátria com saudades e desejou sentir novamente os aromas de sua terra e de sua gente.
II. A defesa da pátria é o princípio da existência do militarismo.

Assinale a alternativa que apresenta correta afirmação sobre os termos destacados nas frases I e II.
a) As frases I e II apresentam em destaque adjuntos adnominais.   
b) As frases I e II apresentam em destaque complementos nominais.   
c) A frase I apresenta em destaque um objeto indireto e a frase II apresenta em destaque um complemento nominal.   
d) A frase I apresenta em destaque um objeto indireto e a frase II apresenta em destaque um adjunto adnominal.   

02. (G1 - col. naval 2015) 

Quando se pergunta à população brasileira, em uma pesquisa de opinião, qual seria o problema fundamental do Brasil, a maioria indica a precariedade da educação. Os entrevistados costumam apontar que o sistema educacional brasileiro não é capaz de preparar os jovens para a compreensão de textos simples, elaboração de cálculos aritméticos de operações básicas, conhecimento elementar de física e química, e outros fornecidos pelas escolas fundamentais.
                Para eles, a educação dos filhos não se baseia no aprendizado dos exemplos dados pelos pais. Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver outros problemas de uma sociedade como a brasileira parece lógico. No entanto, não se pode pensar que a sua deficiência depende somente das autoridades. Ela começa com os próprios pais, que não podem simplesmente terceirizar essa responsabilidade.
A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercício da profissão está em alta. É tratada como prioridade tanto no governo como em instituições representativas das empresas. O mercado observa a carência de pessoal qualificado para elevar a eficiência do trabalho.
(YOKOTA, Paulo. Os problemas da educação no Brasil. Em http://www.cartacapital.com.br/)

Qual das orações abaixo traz o adjunto adnominal em destaque?
a)  “[...] qual seria o problema fundamental do Brasil, a maioria indica a precariedade da educação.” (1° §)   
b) “Para eles, a educação dos filhos não se baseia no aprendizado dos exemplos dados pelos pais.” (2° §)   
c) “A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercício da profissão está em alta.” (3° §)   
d)  “[...] a compreensão de textos simples, elaboração de cálculos aritméticos de operações básicas, [...].“ (1° §)   
e) “No entanto, não se pode pensar que a sua deficiência depende somente das autoridades.” (2° §)   
  
03. (G1 - cp2 2017) 

A inversão de termos sintáticos é um recurso que objetiva conferir maior expressividade ao texto.

“No verso “Já não me convém o título de homem.” (verso 44), o termo “o título de homem”, que está na ordem indireta, exerce função sintática de
a) predicativo do sujeito.   
b) sujeito simples.   
c) adjunto adnominal.   
d) complemento nominal.   

4. (Efomm 2016)

FELICIDADE CLANDESTINA - Clarice Lispector

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

Nas passagens que se seguem as expressões sublinhadas cumprem a função de predicativo. Assinale a EXCEÇÃO.
a) Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder (...)   
b) Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda (...)   
c) O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico.   
d)  (...) quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa (...)   
e) Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha (...)   

05. (Espcex 2018)

Noruega como Modelo de Reabilitação de Criminosos

O Brasil é responsável por uma das mais altas taxas de reincidência criminal em todo o mundo. No país, a taxa média de reincidência (amplamente admitida, mas nunca comprovada empiricamente) é de mais ou menos 70%, ou seja, 7 em cada 10 criminosos voltam a cometer algum tipo de crime após saírem da cadeia.
Situação contrária é encontrada na Noruega. Considerada pela ONU, em 2012, o melhor país para se viver (1º no ranking do IDH) e, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, o 8º país com a menor taxa de homicídios no mundo, lá o sistema carcerário chega a reabilitar 80% dos criminosos, ou seja, apenas 2 em cada 10 presos voltam a cometer crimes; é uma das menores taxas de reincidência do mundo.
A diferença entre os dois países (Noruega e Brasil) é a seguinte: enquanto lá os presos saem e praticamente não cometem crimes, respeitando a população, aqui os presos saem roubando e matando pessoas. Mas essas são consequências aparentemente colaterais, porque a população manifesta muito mais prazer no massacre contra o preso produzido dentro dos presídios (a vingança é uma festa, dizia Nietzsche).

LUIZ FLÁVIO GOMES. Adaptado de http://institutoavantebrasil.com.br/
.
Em "A população manifesta muito mais prazer no massacre contra o preso", o termo destacado tem a função de:
a) Adjunto Adnominal   
b) Agente da Passiva   
c) Objeto Direto   
d) Objeto Indireto   
e) Complemento Nominal   

06. (G1 - ifsul 2016)

Volta e meia, em nosso mundo redondo, colapsa o frágil convívio entre os diversos modos de ser dos seus habitantes. Neste momento, vivemos uma nova rodada dessas com os inúmeros refugiados, famílias fugitivas de suas guerras civis e massacres. Eles tentam entrar na mesma Europa que já expulsou seus famintos e judeus. Esses movimentos introduzem gente destoante no meio de outras culturas, estrangeiros que chegam falando atravessado, comendo, amando e rezando de outras maneiras. Os diferentes se estranham.
Uma das formas mais simples de combater todo esse mal-estar é encontrar outro para chamar de diferente, de inadequado. Quem pratica o bullying, quer seja entre alunos ou com os que têm hábitos e aparência distintos do seu, conquista momentaneamente a ilusão da legitimidade. Quem discrimina arranja no grito e na violência um lugar para si.
Diana Corso. Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/

Na frase “Quem pratica o bullying, quer seja entre alunos ou com os que têm hábitos e aparência distintos do seu, conquista momentaneamente a ilusão da legitimidade” (2º parágrafo), a expressão em destaque representa a função sintática de
a) adjunto adnominal.   
b) complemento nominal.   
c) aposto.   
d) objeto indireto.   

07. (G1 - ifal 2012) 

CPFL Energia apresenta: Planeta Sustentável
É buscando alternativas energéticas renováveis que a gente traduz nossa preocupação com o meio ambiente

Sustentabilidade é um conceito que só ganha força quando boas ideias se transformam em grandes ações. É por acreditar nisso que nós, da CPFL, estamos desenvolvendo alternativas energéticas eficientes e renováveis e tomando as medidas necessárias para gerar cada vez menos impactos ambientais.
A utilização da energia elétrica de forma consciente, o investimento em pesquisa e o desenvolvimento de veículos elétricos, o emprego de novas fontes, como a biomassa e a energia eólica, e a utilização de créditos de carbono são preocupações que há algum tempo já viraram ações da CPFL. E esta é a nossa busca: contribuir para a qualidade de vida de nossos consumidores e oferecer a todos o direito de viver em um planeta sustentável.

Revista Veja. 30 dez. 2009

Releia o segundo parágrafo do texto e observe os substantivos: “utilização”, “investimento” e “emprego”, que, em todas as situações, exigem o seguinte termo sintático como complemento:
a) objeto direto.   
b) objeto indireto.   
c) adjunto adverbial.   
d) complemento nominal.   
e) adjunto adnominal.   

08. (Unifesp 2011) 

                De tudo que é nego torto
                Do mangue e do cais do porto
                Ela já foi namorada
                O seu corpo é dos errantes
                Dos cegos, dos retirantes
                É de quem não tem mais nada
                E é por isso que a cidade
                Vive sempre a repetir
                Joga pedra na Geni
                Joga pedra na Geni
                Ela é feita pra apanhar
                Ela é boa de cuspir
                Ela dá pra qualquer um
                Maldita Geni
                                               (Chico Buarque. Geni e o zepelim.)

Indique a alternativa que apresenta a função sintática do verso De tudo que é nego torto.
a) Adjunto adverbial de modo.   
b) Objeto indireto.   
c) Predicativo do sujeito.   
d) Adjunto adnominal.   
e) Complemento nominal.   

09. (G1 - ifal 2016) 

Heráclito não poderia ser mais certeiro ao afirmar que "um homem não pode entrar no mesmo rio duas vezes”. Pode ser que os brasileiros nunca mais entrem no Rio Doce assim, doce.

“Lira Itabirana”

I

O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.

II

Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!

III

A dívida interna.
A dívida externa.
A dívida eterna.

IV

Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?

Do Portal Vermelho, Mariana Serafini. In: http://www.vermelho.org.br/noticia/272915-11

Uma alternativa está errada na análise sintático-morfológica abaixo. Assinale-a
a) Em: “Rio Doce”, “Doce” é um substantivo próprio, funcionando como um aposto especificativo, porque individualiza o substantivo “rio”, de sentido genérico.   
b) A palavra “Doce”, destacada em: “Pode ser que os brasileiros nunca mais entrem no Rio Doce assim, doce.” e em: “O Rio? É doce.”, tem as respectivas funções sintáticas: aposto e predicativo.   
c) No verso: “Mais leve a carga.”, a palavra “leve” funciona como predicativo do sujeito “a carga”.   
d) Em: “Quantos ais!”, a palavra “ais” está no plural porque é um substantivo, o que não pode acontecer com “ai” em: “Ai, antes fosse”, que é uma interjeição.   
e) As expressões “De ferro” e “Sem berro”, na última estrofe do poema, são adjuntos adnominais de “toneladas” e “lágrimas”, respectivamente.   

10. (G1 - ifba 2014)
 
Das minhas relações mais próximas, só três comungam comigo não ter facebook. A 3cidade ganhou a parada. Acabou o pequeno mundo onde todos se conheciam, 4onde não se podia esconder segredos e pecados. Viver na urbe é cruzar com desconhecidos, sentir a frieza do anonimato. Essa é a realidade da maioria.
Vivemos para o olhar dos outros, essa é a realidade simples, evidente. 6Quem pensa o contrário vai à conversa da literatura de autoajuda, 7que idolatra a autossuficiência e acredita que é possível ser feliz sozinho. É uma ilusão tola. Nascemos para vitrine.
Quando checamos insistentemente para saber como reagiram às nossas postagens, somos desvelados no pedido amoroso. O viciado em rede social é 2obcecado pela sociabilidade. Está em busca de um olhar, de uma aprovação, precisa disso para existir. Ou vamos acreditar que a carência, o desespero amoroso e a busca pelo reconhecimento são novidades da internet? 5Sei que o facebook é o retrato da felicidade fingida, todos vestidos de ego de domingo, mas essa é a demanda do nosso tempo.
Também apontam que amigos virtuais não substituem os presenciais. 8Todos se dão conta, e justamente usam a rede na esperança de escapar dela. O objetivo final é ser visto e conhecido também fora. Usamos esse grande palco para ensaiar e se aproximar dos outros, fazer o que sempre fizemos. O facebook é a nostalgia da aldeia e sua superação.
CORSO, Mário. Sem Facebook. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/ blogs/.

A respeito das funções que os elementos da língua exercem no texto, é verdadeiro:
a) O termo “obcecado” (ref. 2) é predicativo de “viciado” (ref. 1).   
b) A palavra “onde” (ref. 4) é um pronome e se refere à palavra “cidade” (ref. 3).   
c) A palavra “retrato” na oração “Sei que o facebook é o retrato da felicidade fingida” (ref. 5) é um adjunto adnominal.
d) O sujeito da oração “que idolatra a autossuficiência” (ref. 7) é “Quem pensa o contrário” (ref. 6).   
e) A oração “Todos se dão conta” (ref. 8) apresenta um sujeito oculto.   

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Gabarito:  

Resposta da questão 1: [C]

Na frase [I], “da pátria” é complemento do verbo transitivo indireto “lembrar-se”, portanto um objeto indireto.
Na frase [II], “da pátria” complementa o sentido do substantivo “defesa”, sendo assim um complemento nominal.  

Resposta da questão 2: [A]

A locução adjetiva “da educação” especifica o substantivo “precariedade”, portanto desempenha a função de adjunto adnominal.  

Resposta da questão 3: [B]

Podemos colocar a oração na ordem direta, obtendo “O título de homem já não me convém”. Assim, fica mais claro que “o título de homem” é sujeito, uma vez que é o termo que exerce a “ação” de convir (o que não convém? O título de homem).  

Resposta da questão 4: [A]

Considerando o trecho destacado, “calma” é um adjetivo de “resposta”: seu caráter permanente indica a função de adjunto adnominal de “resposta”.
Em todas as demais alternativas, a função exercida pelo adjetivo é “predicativo”, posto serem transitórias: em [B], predicativo do sujeito (desinencial, 1ª pessoa do singular); em [C], predicativo do sujeito (“plano”); em [D], predicativo do objeto (“recusa”); em [E], predicativo do sujeito (desinencial, 3ª pessoa do singular).  

Resposta da questão 5: [E]

O termo “contra o preso” complementa o sentido do substantivo “massacre”, sendo, portanto, classificado como complemento nominal.  

Resposta da questão 6: [B]

A expressão “da legitimidade” está completando o sentido de “ilusão”. Tem-se, então, uma “ilusão da legitimidade”. Como ela completa um nome (“ilusão” é um substantivo), deve ser classificada como “complemento nominal”.  

Resposta da questão 7: [D]

Ao voltar para o texto, temos as expressões “utilização da energia elétrica”, “investimento em pesquisa” e “emprego de novas fontes”. Percebe-se que as palavras “utilização”, “investimento” e “emprego”, por si só, não têm um sentido completo no período, precisando de um complemento para que tenham significado. Assim, temos os complementos nominais “da energia elétrica”, “em pesquisa” e “de novas fontes”.  

Resposta da questão 8: [E]

O excerto faz parte do período “De tudo que é nego torto/Do mangue e do cais do porto/Ela já foi namorada” a que corresponderia, na ordem direta: ela já foi namorada de tudo que é nego torto do mangue e do cais do porto. Assim, “De tudo que é nego torto” é complemento do substantivo “namorada”, regido de preposição, portanto, complemento nominal, como se enuncia em [E].  

Resposta da questão 9: [E]

A expressão “sem berro”, na verdade, é adjunto adverbial de modo, pois expressa o modo como as lágrimas são disfarçadas, ligando-se, portanto, ao verbo.  

Resposta da questão 10: [A]

[B] Incorreta: o pronome relativo “onde” se refere a “mundo”.
[C] Incorreta: “retrato” é o núcleo do predicativo do sujeito.
[D] Incorreta: o pronome relativo “que” exerce a função de sujeito e retoma “a literatura de autoajuda”.
[E] Incorreta: a oração apresenta sujeito simples “todos”.  

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